Emma adormeceu novamente nos braços de Claire, e a sonolência de Dempsey desapareceu. Ele se sentou em uma cadeira em frente a ela.
Claire olhou para ele e disse devagar: "Vá buscar um cobertor para a Emma."
Dempsey foi buscar a colcha sem dizer uma palavra. Quando cobriu a filha, perguntou em voz baixa: "Você quer colocá-la na cama para dormir?"
"Não, ela não vai querer ficar sozinha." Claire conhecia bem sua filha. Se Emma acordasse, iria querer que a própria Claire estivesse fazendo companhia para ela. Se Claire a deixasse sozinha, ela começaria a chorar.
"Você vai se cansar se ficar segurando ela assim, pode deixar que eu a carrego no colo por um tempo." Dempsey olhou para o corpinho magro de Claire, e estava preocupado que ela ficasse com dor na coluna se continuasse segurando a garotinha assim.
"Está tudo bem, eu já estou acostumada com isso!" Claire respondeu baixinho.
Os olhos de Dempsey estavam ligeiramente perplexos. Olhando para Claire, ele se sentiu um pouco angustiado por ela.
Claire levantou os olhos, e viu que ele ainda não havia saído. Assim que ela encontrou o olhar carinhoso dele, seu coração instantaneamente palpitou acelerado.
"Você pode ir dormir um pouco mais." Claire parecia estar preocupada com ele, mas na verdade, ela estava tentando afastá-lo.
Dempsey balançou a cabeça e sentou-se na cadeira em frente a ela. Ele ainda estava vestindo seu roupão cinza com detalhes em dourado.
Seu cabelo curto estava um pouco bagunçado, mas delineava bem seu lindo rosto. Enquanto o vento soprava, seus olhos se estreitaram levemente.
Claire olhou para a aparência nobre de Dempsey com ar de preguiça e, inadvertidamente, seu coração bateu ainda mais rápido.
O dia ainda estava amanhecendo, e tudo parecia estar coberto por uma névoa. Até os olhos do homem à sua frente pareciam mais carinhosos.
"Por que você está olhando para mim?" Claire inconscientemente arrumou o cabelo e o ajeitou atrás da orelha, e perguntou com um pouco de timidez e raiva.
Dempsey sentiu que era um pouco rude ficar olhando para ela, então ele propositalmente virou os olhos para a paisagem litorânea do outro lado.
Os olhos de Claire estavam fixos no rosto dele com seus belos traços faciais, e a cabeça dela estava confusa.
"De agora em diante... você pode, por favor, não me tocar mais?" A voz da mulher soou.
Dempsey ficou um pouco atordoado, ele virou a cabeça e, apertando os olhos, encarou o rostinho dela ainda mais pálido.
"Você se incomoda quando eu toco em você?" Dempsey disse com uma voz fria e um ar de decepção.
Ele não escondia mais suas emoções, porque já havia baixado a guarda na frente dessa mulher.
Na frente dela, ele não precisava esconder sua alegria, raiva, tristeza e felicidade. Ele poderia viver sua vida de um jeito mais confortável e calmo.
Claire mordeu o lábio como se estivesse tomando uma decisão. Por fim, ela levantou a cabeça e olhou diretamente para a expressão um pouco triste do homem. "Não, eu só... fiquei traumatizada com você. Você me machucou cinco anos atrás."
Dempsey ficou surpreso novamente. "Eu não entendo a que tipo de trauma você está se referindo."
Claire olhou para ele com vergonha e raiva. "O que mais poderia ser? Foi a minha primeira vez. Você não viu que havia sangue por toda parte no lençol?"
O coração de Dempsey disparou. Na verdade, ele não viu, pois havia mandado seu assistente Bill inspecionar logo após o ato.
Bill disse a ele que havia muitas manchas de sangue no lençol. Foram também as manchas de sangue que o fizeram cuidar tanto de Alice. O que quer que ela quisesse, ele faria por ela sem hesitar.
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