Gêmeos Meus romance Capítulo 47

Claire Tong ouviu a dúvida do menino e imediatamente disse: "Sim, é muito perigoso, então você deve evitar encontrá-lo daqui para frente."

Antes que Dempsey Wilson pudesse explicar claramente ao filho, ouviu a mulher falando bobagem. Ele ficou de cara feia outra vez e disse: "O fato de eu andar o tempo todo com guarda-costas não significa que estou correndo algum perigo, é apenas para tornar meu deslocamento mais seguro. Entende, filho?"

Frank Tong entendeu de imediato. Ele acenou com a cabeça e continuou falando num tom sério: "Mamãe, o que o papai está dizendo faz sentido. Por exemplo, quando eu e a minha irmã saímos com você, você sempre tem medo de que alguém nos sequestre. Se os guarda-costas do papai nos acompanhassem, então essas coisas não aconteceriam, como a vez em que minha irmã quase se perdeu outro dia."

"Como assim?" Dempsey, que estava no banco da frente dirigindo, de repente sentiu um zumbido em sua cabeça, fazendo com que dirigisse mais devagar.

Com uma freada brusca, os três guarda-costas que seguiam atrás também pararam de repente, mas já era tarde demais… Todos os três bateram uns nos outros.

Frank ficou assustado, enquanto Claire ficava ainda mais furiosa: "Você sabe dirigir? Preste atenção na direção!"

Dempsey olhou para ela e perguntou num tom sério: "Ele disse que você quase perdeu a minha filha? O que deu em você?"

Claire ficou atordoada. Ela não esperava que aquele desgraçado estivesse tão bravo porque ouviu o que o filho disse.

"Bem... mas ela não está aqui?!" Claire olhou de volta, sem aparentar estar muito confiante.

Quando isso ocorreu da última vez, foi porque ela deixou Frank experimentando algumas roupas numa loja. Quando ela se virou, Emma havia desaparecido. Ela ficou branca de medo e procurou ansiosamente ao redor. Por fim, aconteceu que Emma havia corrido para a loja de brinquedos em frente e estava se divertindo com uma bola de cristal cintilante que havia na vitrine.

Desde então, ela ficou no pé da menina e não se descuidava mais sempre que saíssem para fazer compras. Ela não se atrevia a baixar a guarda, mesmo quando estava comprando alguma coisa.

Frank franziu as sobrancelhas e gritou com insatisfação: "Papai, você também pagou para comprar sua carteira de motorista? Como você pode dirigir se não sabe fazer isso direito? Minha testa até doeu."

Claire ouviu as palavras de seu filho e não pôde deixar de dar uma risada de satisfação.

Dempsey ficou sem reação. Como aquele rapazinho ousava falar algo assim? Como ele era capaz de dizer que o pai havia comprado sua carteira de motorista?

"Desculpe, foi mesmo minha culpa. O papai definitivamente vai se concentrar no volante." De um jeito franco, Dempsey admitiu seu erro para o filho.

O incidente aconteceu porque ele ouviu que sua filha quase havia desaparecido, então a cabeça dele deu um nó e ele diminuiu a velocidade do veículo.

"Então, por favor, dirija com cuidado. Não fique virando sua cabeça para trás para olhar para a mamãe!" O pequeno cérebro de Frank Tong às vezes era inteligente demais e às vezes era estúpido, o que condizia com a inocência da idade que ele tinha. Agora há pouco, Dempsey havia virado a cabeça e continuado olhando para Claire, fazendo com que o garotinho pensasse equivocadamente que seu pai queria olhar para sua mãe.

O sorriso de Claire congelou.

Dempsey franziu os lábios de um jeito desdenhoso. Ele queria olhar para aquela mulher? Que piada era essa?

O carro continuou avançando. Claire ficava olhando pela janela. Ocasionalmente, ela virava o olhar e observava as costas do homem, que estava focado na direção.

Ela estava de mau humor. Mordeu o lábio amargamente e continuou olhando pela janela.

Já havia passado das duas horas da tarde.

Frank permaneceu sentado no carro, alisando sua barriga que roncava. Ele olhou para sua mãe, que aparentava estar chateada, e disse: "Mamãe, estou com fome. Vamos comer alguma coisa!"

Só então Claire e Dempsey perceberam que, durante todo o dia enquanto disputavam a guarda dos filhos, eles se esqueceram de comer.

Nesse momento, quando ouviram as palavras de Frank, eles sentiram um pouco de fome ao mesmo tempo.

"Está bem, assim que chegarmos em casa, a mamãe vai preparar um macarrão instantâneo para você." Claire imediatamente apaziguou seu filho.

Dempsey disse de repente: "Eu ainda não comi. Vamos encontrar um lugar para comermos juntos. As crianças estão crescendo e comer macarrão instantâneo não é tão nutritivo."

"Certo, mamãe, deixe o papai nos levar para comermos uma ceia bem gostosa." Frank bateu palmas e gritou bem animado.

O rostinho de Claire de repente ficou congelado. Ela imediatamente aparentou estar com raiva e repreendeu o filho. "Não foi assim que eu te eduquei. Você não pode aceitar as coisas que os outros oferecem, não se lembra?"

"Mas ele é o meu pai, não é qualquer pessoa!" O garotinho respondeu com convicção.

Dempsey percebeu que essa mulher sempre tentava anular sua presença, mas para poder comer com as crianças, ele tinha que reprimir sua raiva e respondeu calmamente: "Vamos comer juntos. Eu não vou fazer nada contra você."

"Eu não quero jantar com você! É melhor você nos levar logo para casa." Claire realmente não queria ficar com ele por nem mais um minuto.

"Mamãe, o papai está sendo tão gentil em nos convidar para comermos juntos..."

"Frank Tong, se você continuar sendo tão irracional, a mamãe vai ficar com raiva!" Claire alertou o filho com uma cara séria.

Frank imediatamente deu de ombros e não insistiu.

Dempsey não esperava que essa mulher o rejeitasse. Ele até disse que iria convidá-la para comer, mas ela não queria aceitar e nem queria permitir que as crianças comessem com ele. Ele ia explodir de raiva.

Por fim, sob a insistência de Claire, Dempsey levou mãe e filhos até a porta da residência da tia-avó.

"Frank, o papai vai buscá-lo na nova escola amanhã!" Dempsey os acompanhou para fora do carro, agachou-se na frente de Frank, tocou a cabecinha do filho e disse gentilmente.

"Bem, vamos falar sobre isso amanhã!" Frank disse com um pouco de orgulho.

Claire puxou a mãozinha do filho e caminhou rapidamente até a residência.

Emma Tong, que durante o trajeto estava dormindo no ombro de Claire, acordou nesse momento. Quando olhou para cima, ela viu Dempsey Wilson.

"Papai...", ela gritou meio sonolenta.

Vendo sua filha acordar e chamá-lo, Dempsey não pôde deixar de ir até ela.

"Papai... Mamãe, eu quero brincar com o papai..." Emma já estava completamente acordada agora. Quando viu o pai, ela começou a chamá-lo, já que ela não tinha estado tempo suficiente com ele.

"Não, vamos para casa comer alguma coisa!" Claire segurou a filha com força e caminhou mais rápido.

Dempsey olhou para a carinha triste de sua filha e realmente queria levá-la de volta. No entanto, aquela mulher parecia que estava a ponto de explodir de raiva, e carregou as crianças diretamente para o elevador.

"Droga...", ele não pôde deixar de xingar.

Embora em sua mente viessem lampejos dos rostinhos e dos sorrisos das crianças, Dempsey não teve escolha a não ser ir embora.

Se a situação não fosse tão complicada, ele seria capaz de fazer de tudo para poder ficar com as crianças.

No entanto, ele sofreu muito com esse assunto, que já não era tão simples quanto ele gostaria.

Ele sentiu que havia vivido uma montanha-russa de emoções neste dia. Não, ele precisava ter as crianças de volta em sua vida! Caso contrário, não conseguiria se concentrar em seu trabalho se ficasse de mau humor todos os dias.

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