Fernanda - Narrando
Tava mal desde aquele dia com uma puta vergonha de olhar na cara do Falcão. Eu tava no erro, mas eu só tava usando pra relaxar, nem tinha motivo, só bateu vontade e pronto...
Mas tá suave, eu tô me virando bem com minha maconha, e ficando plena igual.
Vinicius: Tô morto, cadê o almoço Alana? - pergunta
Alana: Tá chegando menino, deixa de ser morto de fome. - fala
- não julgo, tô morrendo de fome t ambém.
Me sento no sofázinho que tinha lá e agradecendo pelo movimento ter dado uma tranquilizada, a gente trabalhou que nem doido a manhã todinha. Eu e Vinícius que lute. Mas vendemos muita coisa então era tudo recompensado.
Guga: Dale Nandinha, preciso da tua ajuda - fico surpresa em vê-lo
Vinícius: Apresenta os amigos nanda, só tem qualidade nesse morro viu - Guga fica sem graça
Alana : Desculpa, isso é uma bicha com um fogo da porra no cu.
- queres o que Guga? - pergunto me levantando
Guga: Presente pra minha irmã e ela me pediu umas roupas, mas sei escolher esses b.o não.
- Tua mãe vai deixar ela usar ? -
a mãe do Guga não considerava ele desde que o mesmo entrou pro tráfico e ele entrou pra ajudar visse, porque a mãe dele tava com uns b.o de saúde e a irmã mais nova era doente também, foi o jeito mas a mulher é ruim e não quer ouvir falar dele mas o dinheiro todo mês ela pega.
Ele dá mais o dinheiro pelas irmãs que ele ama demais, porque a mãe dele só esculhamba ele e chegou até a dar na cara dele no meio da rua. Ok que é mãe, mas é bem toxica e desnecessária, entendo que o que ele faz não é certo mas é tudo por elas, ele não vive de luxo e nem pagando puta por ai, o dinheiro é quase todo pra elas e pra ele ter casa e comida, só isso.
Guga: Ela tem o que deixar não, a menina cresceu e tá precisando de roupa - eu dou um sorriso
- Pra qual delas ? - falo chegando perto dele
Guga: Pra mais velha, a de 12 anos. Ela cresceu que só, meu orgulho - fala
- Tenho umas roupas aqui na sessão de adolescente - falo e vou pegando algumas roupas e dando a ele
Guga: Nada de short curto visse, Fernanda. - eu apenas concordo com a cabeça
- Esse aqui vai ficar lindo nela - mostro um short de pano florido e ele nega com a cabeça
Guga: Quero bermuda - fala e eu nego com a cabeça
- ela é crescidinha agora, não vai ficar mostrando o rabo dela não, pode confiar - ele me encara e pega o short
Guga: Se ficar curto, eu te mato Fernanda - eu sorrio - mato não por causa da galera que tu anda
- Vai tenta a sorte - falo tirando onda.
Separamos uns quatro pares de roupa, ele paga e vai embora, todo feliz com as roupas pra irmã. Chegava a ser fofo. Todo bandido e comprando roupinha pra irmã.
Alana: Queria ter um irmão assim, mas o meu só puxava meu cabelo
Vinícius: O meu roubava minhas roupas e dizia que eu tinha vagina.
Alana: Queria né amigo? mas a vida não colaborou.
Vinícius: Ainda vou fazer cirurgia fi, vai vendo quando menos esperar vou chegar sem o pau aqui - a gente ri
- Vocês são doido, mas cadê a comida?
........................
Tava cansada, entrei pelos becos pra entrar em casa quando vejo uns velhos num bar que eu evitava ir o máximo possível porque só tinha gente nojenta.
Eles me olharam e assoviaram, mas graças a deus o Didi apareceu.
Didi: Dale morena, qual foi? - pergunta me vendo com cara de desconfiada
- Odeio passar por aqui de noite, esse bar ai é um nojo - falo e ele concorda
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Herdeiro do Alemão