Herdeiro do Alemão romance Capítulo 40

Edgar/Falcão - Narrando

Fernanda: Me leva pra fazer uma tatuagem - fala e ela tá me aperreando com isso faz mó cota

- Porra Fernanda, agora não- eu levava suave, mas queria ir só depois de saber o sexo da cria

Fernanda: Tu vai pagar pra mim então- fala emburrada

- Já não era eu que ia pagar não ? - ela me encara

Fernanda: Não, tinha dinheiro guardado pra isso, mas como você quer decidir o dia, vai pagar também. - fala de nariz empinado, vê que porra

- Tu é desgraçada fi, nunca vi - falo e ela apenas sorri debochada.

Fernanda: Tu queria quais nomes pro bebê? - eu tinha pensado nisso faz mó cota

- eu pensei em dois pra menino, Caio e Caleb - ela sorri pra mim

Fernanda: Eu achei lindo, pra menina eu pensei em Caetana ou Luna - fala

- São nomes lindos, pode ficar tranquila que a gente vai usar todos - dou um sorriso malicioso pra ela

Fernanda: Mai num vai mesmo, tô comendo merda eu - fala

- Tu é minha agora, Fernanda - ui abusivo

Fernanda: Tu não é meu, para eu ser tua. Sou recíproca Edgar - ela mal falava meu nome mas era lindo quando ela falava

- Porra nandinha, o que tu quiser, eu quero. Sou parado na tua, tu num sabe ?!

Fernanda: Sei de nada fi, tu negava até a morte, lembra? - chego perto dela e vejo ela ficando toda arrepiada

- Tu gosta da minha safadeza carai - dou um beijo nela que retribui

Puxo ela pra cima de mim e o beijo foi esquentando, tiro a blusa dela vendo aquelas tetas maravilhosa em minha direção, que estavam maiores com certeza. Chupo sua teta e ela logo solta um gemido, baixo e cheio de tesão.

Quando meu radinho toca.... vai tomar no cu.

Radinho On

Guga: O bope tá subindo, invasão porra - fala

Porra, encaro Fernanda e o clima já tinha ido pro espaço e vejo sua expressão de preocupada, mas era normal isso pra mim, nem estavam com a UPP... Mas o que eles querem se não vim no intuito de pacificar?

- Porra, quase conseguia - falo brincando pra aliviar a cara dela - fica bem, não sai de casa. Já volto

Fernanda: Tu volta visse? Não posso criar essa criança sozinha

- Tu nunca iria criar ela sozinha, os moleques sempre vão te dae assistência mesmo que eu morra, pode ficar tranquila

Fernanda: Não posso ficar sem tu - me dá um beijo e aquilo aqueceu meu coração

- Prometo que vou voltar, não vou deixar o que é meu pra trás- ela sorri e eu saio de casa

Atravesso meu fuzil, faço minha oração e seja o que Deus quiser, eu tenho família em casa me esperando agora, não ia dar esse vacilo de morrer em combate.

Radinho On

- Não quero perder muitos não, Deus nos proteja

Tuco: Tão subindo

Menor: Tô em posição já, comigo cês sabem que não erro uma - ele ri

Didi : O bicho é convencido né? vamos, fé ai

Eu tava sentindo um aperto no peito, não alguma coisa comigo mas com alguém próximo, próximo demais. E isso tava me incomodando, não sei o que era mas tava me incomodando muito....

Tuco: Eles subiram pra quê ? - me pergunta e eu dou de ombros

- Não sei, mas não tá parecendo ser alguma coisa com a gente. Sei lá...

Tuco: E ia ser com quem Falcão?

- Não sei, a gente bota eles pra descer agora e pergunta depois.

Tuco: Suave - ele sai correndo pelos becos

Dou alguns tiros e vejo alguns deles recuando como se procurassem alguma coisa, eles só tentaram subir até uma parte do morro, depois não ultrapassaram mais ali.

E eu tava querendo entender o que porra tava acontecendo ali, essa era a primeira vez que era uma invasão totalmente sem sentido pelo menos no meu ver.

Eles não trouxeram toda a tropa, eles não sumiram com a UPP, parece mais algo feito as presas, tipo uma missão de resgate.

Missão de resgate? eu não tô com nenhum tira aqui, mas eu vou tirar essa história a limpo...

Radinho On

Menor : Mataram o Didi - ele fala com voz embargada

Tuco: Tirem o corpo dele do meio disso agora, porra - ele era mais cabeça pra essas coisas

- Quero essa porra de bope pra baixo agora, quero tudo morto, ninguém tira a vida de um dos meus não.

Soltaram o foguete que avisava que um dos nosso tinha morrido, e eu tava destruído por dentro. Ele era meu amigo, eu não tenho muitos. Ele era meu amigo, cresceu comigo, aprendeu tudo comigo, toda nossa caminhada foi junto...

Logo escuto muito mais barulho de tiro, tava todo mundo no ódio agora. A gente é família porra....

Assim que acaba tudo, vou direto pra boca dando de cara com o corpo do Didi, rajado de bala. Eu não conseguia olhar pra ele daquele jeito, eu me sentia culpado.

- Quem matou ele ? - vejo Menor chorando

Menor: Eu deveria tá dando cobertura pra ele, eu deveria

- Não adianta se culpar não, ele morreu e a gente vingou a morte dele.

Tuco: Vou organizar o enterro dele, tudo direitinho - fala e ele tava com lágrimas nos olhos

Os quatro foram criados juntos, lembro das vezes que a gente se juntava pra treinar, sempre era eu vs menor, Tuco vs Didi, ele sempre apanhava, mas ninguém pegava ele quando tava de carro, ele era apaixonado na adrenalina, e ele era bom, ótimo nisso. Ele era realmente espetacular...

Eu não sei como contar pra Nanda, ainda tem a gravidez de risco dela, tem a Duda. A gente vacilou e perdeu um dos nossos, é uma porra...

- Preciso ir pra casa - saio da boca, eu tava segurando tanto minha pose de fortão que tava foda

Eu monto na minha moto e puxo pra casa, enquanto ia pra casa via os moleques tirando os corpos dos tira do meio da rua e a gente tinha matado muitos.

Fernanda: Tava preocupada, escutei os fogos, quem morreu? - abraço ela e começo a chorar

- eu vacilei, eu vacilei e ele morreu. Como eu posso ser dono dessa merda se não protegi meu amigo? se deixei pegarem tu e minha mãe, eu não... - ela me abraça entre os peitos dela

Fernanda : Quem morreu Edgar? - perguntou e eu sabia que ela tava com medo de saber quem tinha sido.

- O Didi - falo e ela se cala

A gente fica calado por muito tempo, apenas se escutava os nossos choros baixinhos, eu sabia como ela tava se sentindo porque eu tava sentindo tudo aquilo, eu nem sabia como eu deveria estar, eu não sabia...

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