Abbie estendeu a mão para acariciar a bochecha de Hook. Havia se passado várias horas e ela não saiu do lado dele nenhum segundo a não ser para usar o banheiro. Ela acariciou os lábios cheios que tanto amava e depositou um beijo em seu peito.
Ela observou o nariz dele se contrair quando as pontas dos dedos traçaram a orelha e desceu para os ombros. O coração dela disparou.
— Hook? — não desviou o olhar, mas falou com Blade e Megan que também estavam lá — Ele se moveu.
— Continue o que estava fazendo, está funcionando. — Megan encorajou.
— Hook? Oi meu amor. Abra os olhos para mim. Sou eu. Estamos bem aqui, eu e nosso bebê precisamos de você. — a mão dele mexeu levemente e ela a agarrou levando-a até sua barriga.
A cabeça dele virou na sua direção dela antes de abrir os olhos, o nariz se movendo buscando seu cheiro e do seu filho.
— Acorde — ela incitou. — Hook? — os olhos se abriram e ele olhou para ela, parecendo confuso.
Por um segundo Abbie temeu que não se lembrasse dela.
— Abbie. — ele ronronou seu nome.
— Sim, sou eu! Graças a Deus você não está com amnésia. — Alegria a atingiu forte. Ele estava acordado e sabia quem ela era. Ela teve que piscar para conter as lágrimas de felicidade. — Estou bem aqui. Você está bem? Chamem o médico, ele acordou.
Hook despertou para encarar o rosto de sua fêmea, seu último pensamento antes de apagar. O cheiro dela e do seu filhote o atingiram antes mesmo de abrir os olhos, isso o fez ter forças para conseguir fazê-lo, levando em conta o peso em sua cabeça.
Ele farejou mais com o nariz o cheiro dela. A memória retornou depressa da dor que tinha experimentado quando foi atingido pelo tiro na cabeça. Foi doloroso, mas ele sobreviveu e estava vendo o rosto de sua companheira, foi como se a vida voltasse a correr dentro do seu corpo.
Ela aconchegou a cabeça no pescoço dele e sentiu molhado pelas lágrimas que ela derramou ali.
— Me perdoe. — ele sussurrou com a voz rouca.
— Pelo que? — ela questionou confusa levantando a cabeça para olhá-lo espantada.
— Por não ter voltado em segurança para você. Eu havia prometido.
— Shh... Nunca mais pense que você teve culpa. O importante é que você está vivo. Como está se sentindo? Muita dor na cabeça?
— Minha cabeça dói um pouco.
— Está ruim com eu em cima de você? Desculpe mas só queria ficar ao seu lado. — ela fez menção de descer mas ele a segurou.
— Quero você bem perto. — ele acariciou a barriga dela — Papai está de volta. — falou sorrindo e o bebê chutou.
— Ele chutou de madrugada pela primeira vez, te mandei mensagem contando, mas acredito que não chegou a ler.
— Não, eu não li. Porra, que sensação boa estou sentindo. — exclamou emocionado.
— Tive tanto medo de perder você. — Abbie tentou segurar as lágrimas.
— Nunca vai me perder. Estou aqui. — ela o abraçou e em seguida ergueu o rosto e pressionou os lábios nos dele.
— Te amo, te amo. — continuou o beijando.
Hook sentiu seu corpo reagir imediatamente diante das carícias de sua fêmea e ao sentir o cheiro de sua excitação causado por seus beijos.
— Blade, obrigado mas pode nos deixar sozinhos? — ele disse.
— Já chamei o médico, ele está a caminho. Vocês não querem fazer o que eu estou pensando não é?
— Não sei o que está pensando. — Abbie falou divertida concentrada em seu companheiro.
— Droga, não, vocês não podem. O médico tem que vê-lo.
— Saia. Deixe-nos a sós. — Hook rosnou.
— Não vamos fazer nada, só queremos ficar juntos e sozinhos um pouquinho. — Abbie disse.
— Dois teimosos, não sei como convivem. — Blade grunhiu.
— Não sou teimoso com Abbie, ela quer e eu faço.
— Claro, você é louco por ela.
— Sou mesmo louco por ela. — ele olhou sua fêmea e sorriu — Se você não é louco pela sua fêmea você é literalmente louco.
Blade rosnou.
— Lógico que sou. — ele agarrou Megan pela cintura que apenas observava a situação com divertimento e saiu do quarto.
Sabia que ninguém poderia contrariar a vontade de um macho ficar sozinho com sua companheira.
Hook puxou o rosto de Abbie e cobriu os lábios dela com um beijo quente.
— Será que é certo você fazer esforço, não devemos esperar o médico? — Abbie perguntou rapidamente se afastando dos lábios dele.
— Não. — rosnou segurando-ao por trás da cabeça apertando o cabelo levemente.
Ele a beijou de novo, um beijo apaixonado e a puxou mais contra seu corpo. De repente uma dor o fez ofegar contra a língua dela e rosnou, rompendo o beijo.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: HOOK