Humilhada pelo meu chefe romance Capítulo 20

Eu me virei e o segui até a porta de saída com o olhar dele em mim tão sério, que me fez tremer toda.

Meu celular continuava a tocar insistentemente.

_ Será que eu poderia atender a ligação do meu marido primeiro, senhor?

_ Acho melhor não senhorita Grace, você terá tempo de sobra para ligar para ele depois.

Agora quero que venha comigo.

_ Ok, o senhor é quem manda.

Tentei responder naturalmente mesmo assim saiu um tom sarcástico.

Ele me levou até uma sala quase vazia.

_ Que sala é essa, senhor Thomas?

_ Uma sala qualquer.

Mas, não a trouxe até aqui para falar dessa sala.

_ Ah, sim, tudo bem.

Então porque o senhor me trouxe até aqui?

O que o senhor tem para falar para mim?

_ Bom, primeiro de tudo, quero saber por que não atendeu ao meu telefonema e nem abriu a porta para mim no meio da noite.

Não adianta tentar mentir para mim, pois sei que você estava acordada.

.. E agora como eu saio dessa?

_ Desculpa senhor, mas eu não estava acordada.

O senhor acredite ou não.

Eu tive uma dor de cabeça imensa quase que o dia todo, então eu tomei umas aspirinas e me deitei.

Dormi praticamente o dia todo e a noite toda.

Só fui ver sua ligação na manhã seguinte.

Eu até ia perguntar ao senhor, o que o senhor queria, mas o senhor e a sua noiva já haviam saído, lembra?

Ele me olhou meio descrente e um pouco zangado.

_ Não, não me lembro.

Eu dei um sorriso sarcástico para ele.

_ Que pena senhor, mas eu me lembro.

Afinal o senhor mandou o recepcionista levar um recado para mim no meu quarto no qual dizia para mim vir direto para cá de táxi.

E quando cheguei aqui o senhor estava com sua noiva do seu lado, então como é que eu iria perguntar o que o senhor queria no meio da madrugada?

O senhor não acha, que ela acharia estranho quando soubesse que o senhor estava altas horas batendo na porta do meu quarto.

Acho que ela ia querer saber qual era o motivo, não é?

Ele franziu a sobrancelha para mim.

_ É, você tem razão.

_ Bom, o senhor tem mais alguma coisa para me perguntar?

Ele me olhou meio desanimado.

_ Não.

_ Ok, então vou voltar lá para fora para poder ligar para o meu marido.

Preciso saber o que ele quer, tudo bem?

_ Tudo bem, pode ir.

Quando eu já estava perto da porta ele segurou em meu braço.

_ Grace?

Eu não disse nada, só me virei para olhá- lo.

_ Desculpe-me.

Seu olhar estava distante, mas senti sinceridade na voz dele.

Eu franzi a sobrancelha em surpresa.

Não acreditei ao ouvi- lo me pedindo desculpa.

_ Pelo que, senhor?

Ele me olhou com tristeza e arrependimento.

_ Pelo modo que te tratei na sala de reuniões.

E por todo o resto.

Eu fiquei surpresa pelas palavras dele.

_ O senhor não tem que me pedir desculpas, senhor Thomas.

Afinal o senhor é meu chefe e eu apenas sua funcionária.

O senhor tem todo o direito de me corrigir e chamar minha atenção.

Então não se martirize tanto, eu já estou acostumada a ser tratada assim.

_ Sim.

Posso até ter o direito como chefe, mas eu não deveria ter falado ou agido daquele jeito com você.

Você não merecia.

Seu olhar era tão triste e distante.

_ Tudo bem senhor Thomas, eu não me importo, sério.

Já cheguei a ser tratada muito pior.

Peço que o senhor não sofra por minha causa.

Lágrimas começarem a se formar nos nossos olhos.

_ Você não vai me perdoar, não é?

Antes que eu pudesse responder, meu telefone começou a tocar outra vez.

O que foi um alívio para mim, já que eu não sabia o que eu iria responder a ele.

_ Desculpe, senhor, mas eu preciso realmente atende- lo.

_ Ok, tudo bem, pode ir.

Conversamos mais tarde em seu quarto, pode ser?

_ Acho melhor não senhor, a não ser que seja algo sobre o trabalho.

_ Você está me castigando, não é?

Eu suspirei fundo.

_ Não senhor.

Só aprendi da pior maneira possível que o meu lugar é o de assistente do senhor e nada mas.

Sua noiva é a Blair, então devo me manter no meu lugar se quiser continuar com o meu emprego, concorda?

_ Mas Grace..

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