Humilhada pelo meu chefe romance Capítulo 25

   Ao chegar em casa minha amiga Ema estava me esperando na varanda.

   Parecia que ela havia lido a minha mente, porque eu precisava muito desabafar com alguém sobre a noite passada.

_ Oi, Ema.

   Que bom que você está aqui.

   Estava mesmo pensando em você.

_ Oi, Grace.

   Pensando coisas boas, eu espero.

_ Com certeza.

   Ela sorriu para mim.

_ Mas e aí?

   Sobre o que você estava pensando.

_ Não é, que eu queria te pedir desculpa por ter te deixado sozinha ontem na balada.

   E mais desculpas ainda por não ter te ligado nem mandado mensagem para avisar que eu estava bem.

_ Acha amiga.

   Está tudo bem.

   Somos adultas, não é?

_ É, verdade.

   Mas mesmo assim eu deveria pelo menos ter te avisado que eu iria embora, não é?

_ Ah, de boa.

   E eu também não fiquei praticamente sozinha.

   Seu amigo James me fez companhia e depois me deixou na porta de casa.

_ Sério?

   Eu fiquei feliz por saber disso.

   Ela então me olhou meio que desapontada.

_ Obrigada, Grace.

   Mas eu não vim até aqui por causa de ontem.

   Eu vim aqui para outra coisa.

   Eu a olhei meio intrigada.

_ Outra coisa?

   Que coisa?

   Ela suspirou fundo.

_ Amiga eu descobri algo sobre o Anthony, só não sei se deveria te contar.

_ Sobre o Anthony?

_ Sim.

_ Bom, se for muito grave e tiver alguma coisa a ver com minha vida pessoal eu acho sim, que você deveria me contar.

   Ela então suspirou novamente.

_ Você prometi que não vai pirar?

_ Ema conta logo.

   Você já está me deixando nervosa.

_ Tá bom.

   Mas não se esqueça que só estou te contando porque você é muito mais que uma amiga para mim, entendeu?

   E eu não acho justo o que ele está fazendo com você pelas costas, enquanto você está tendo que trabalhar para assumir com responsabilidades que seriam de  obrigações dele.

   Eu a olhei mais intrigada ainda.

_ Sim, eu sei.

   E você sabe que também é muito mais que uma amiga para mim.

   Mas você está me deixando cada vez mais nervosa, Ema.

   Eu preciso que você me conte logo.

   Ela respirou fundo.

_ Bem, Grace, é o seguinte.

   Ela deu uma pausa antes de começar a me dizer.

_ Tenho quase certeza que o Anthony está te traindo a anos com uma mesma mulher.

   E parece que ele tem um filho com ela também.

_ Me traindo a meses?

   Filho?

   Como você, sabe disso?

_  É que eu sempre o vejo entrando dentro da casa de uma mesma mulher.

_ Uma mulher?

   Ela só acenou com a cabeça que sim.

_ Bom, às vezes ele foi fazer algum tipo de  serviço para ela.

   Você mesmo sabe que às vezes ele faz alguns bicos por aí.

_ Eu acho que não Grace.

   Porque eu sempre o vejo entrando e saindo de lá.

   E muita das vezes, ele entra arrumado e você sabe como um homem sai depois de transar com uma mulher.

   Eu respirei fundo tentando não acreditar no que estava ouvindo, mas eu sabia que no fundo era verdade.

   Afinal não era a primeira vez que ele me traía.

_ Ok, e como é essa tal mulher?

   Ela suspirou novamente.

_ Eu não vou mentir para você não amiga, mas ela é muito bonita.

_ É, ele sempre teve bom gosto mesmo, mas  porque você também acha que ele tem um filho?

_ Porque hoje quando eu estava passando em frente a casa dessa mulher para vim para cá, eu o vi brincando de bola com um  menino na grama e sem querer ouvi o  menino o chamando de pai.

   Saber dessas coisas estava me magoando muito, mas ao mesmo tempo sentia como se Deus estivesse me mostrando um caminho para me afastar dele de uma vez por todas.

_ E, Ema.

   Quantos anos você acha que o menino tem?

_ Pelo tamanho?

   Acho que mais ou menos dois e meio para três.

   Eu até queria não acreditar, mas pensando em todas as vezes que ele dormiu fora, inventou desculpas por chegar tarde e sempre na rua.

   Com certeza era verdade.

_ Bom, só tem um jeito de descobrirmos se isso é verdade ou não?

   Ela me olhou com curiosidade.

_ Qual?

_ Você me disse que sempre o ve entrando e saíndo da casa dela, certo?

_ Certo.

_ Então isso quer dizer que você sabe onde ela mora, não é?

_ Sei.

_ É muito longe daqui?

_ Na verdade, não.

   Fica a apenas dois quarteirões daqui.

   Porque?

_ Porque vamos até lá.

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