Humilhada pelo meu chefe romance Capítulo 3

— E aí, deu certo, senhorita Grace? - olha-me com expectativa.

— Deu sim, senhora Constância, eu já começo amanhã mesmo. - respondo otimista.

— Que bom, parabéns, fico feliz em saber que a vaga é sua. - parabeniza- me — Finalmente depois de quase 20 moças, ele conseguiu preencher a vaga.

.." Depois de quase 20 moças, caramba, ele bem exigente.

— Pelo visto o seu currículo deve ser muito bom mesmo.

— Obrigada senhora. - agradeço sorrindo.

— Bom, então, até amanhã?!

— Até.

Saiu da mansão toda feliz e sorridente, indo direto para a estação de trem.

— Tô tão ansiosa para começar nesse novo emprego. - suspiro fundo — Só de conseguir pagar as dívidas, já será uma preocupação a menos em minha cabeça.

Chego em minha casa quase meia hora depois.

O Anthony, é claro que ainda não chegou da rua, mas isso não tira a minha alegria, a minha felicidade e o sorriso do meu rosto.

— Ele estando aqui ou não, pouco me importa.

Tiro meus sapatos preto de salto médio, meu blazer azul marinho e os coloco no armário que fica logo na entrada da casa, perto da sala, ficando apenas com a saia que faz  conjunto do blazer e a blusa branca que usei para compor o look para a entrevista.

— Agora que estou muito mais confortável, nada como uma bela taça de vinho, não é?!

Vou para a cozinha, coloco minha bolsa em cima da bancada da pia, abro a geladeira e pego a garrafa de vinho branco, que por sinal, já está aberta e pela metade.

Em seguida vou até o armário, pego uma taça e coloco em cima da pequena ilha que fica bem no centro da minha humilde cozinha.

— Eh, acho que a única coisa que falta agora é alguém para comemorar essa vitória comigo.

Eu nem preciso pensar, afinal só existe uma pessoa que eu realmente quero compartilhar as boa notícia.

Vou até a minha bolsa, abro e pego o meu celular.

A primeira coisa que faço é olhar a hora.

— Bem, já são 11:45, então, com certeza ela está em horário de almoço.

Eu sou o tipo de pessoa que não gosta de ligar fora do horário, para não arrumar problema para a pessoa no trabalho dela.

— A Emma vai vibrar quando souber que o emprego é meu.

Sento na banqueta da pequena ilha, entro nas minhas últimas ligações feitas e clico em cima do número dela.

Enquanto espero ela atender, encho metade da minha taça de vinho, o que são apenas três toques.

— Oi, Grace. E aí, como foi lá na entrevista? - pergunta curiosa e ansiosa pela minha resposta.

— Ah, bem. - respondo fazendo suspense.

Tento segurar ao máximo a minha empolgação.

— Só, 'bem'? Como assim? - indaga aflita.

Mesmo com uma vontade enorme de dizer a ela que o emprego é meu, eu resolvo continuar com o suspense.

— Ah, foi bem, o que mais você quer que eu diga?

— Ué, sei lá, que o emprego é seu?

Suspiro fundo e finalmente resolvo dizer para ela.

— Então tá, o emprego é meu.

Eu mal termino de falar e ela grita extasiada do outro lado da linha.

— Aaa... Não acredito amiga, parabéns, eu sabia que você ia conseguir esse trabalho.

— Obrigada. - agradeço e bebo um gole do vinho.

— Nossa Grace, tô muito feliz por você, de verdade. - diz com total sinceridade.

— Eu sei. - suspiro.

Ficamos em silêncio por alguns segundos.

— Bom, mas e aí, me conta, como é o seu novo CEO? Porque o anterior além de ser um pé no saco, era feio para chuchu.

Há.. há.. há.. - começo a rir do modo como ela diz.

— Aí, só você mesmo, Emma.

Há.. há.. há.. - não consigo parar de rir.

— Oxi, e é mentira?

— O duro que não. - afirmo.

Há.. há.. há..

Enquanto ainda estou na gargalhada, ouço ela fazer o mesmo do outro lado da linha.

Há.. há.. há..

— Tá bom, vai Grace, chega de enrolação e me diz logo como ele é.

Bebo mais um gole de vinho e em seguida suspiro profundamente.

— Pera aí, você suspirou? - indaga cabreira — O que você está escondendo de mim?

— Eu? - desconverso — Nada.

— Não, você está escondendo algo sim. - diz convicta — Pera aí, que chego aí em dez minutos e você terá que me conta pessoalmente.

— Mas e o seu ...

Tu.. tu.. tu..

Sou deixada no vácuo sem concluir o que eu ia dizer.

— Cara, desse jeito ela vai acabar perdendo esse emprego.

Pego a garrafa em minha mão e viro- a, colocando mais vinho na taça.

— Só ela mesmo viu.

Começo a rir enquanto bebo e me lembro do senhor Price todo nu, parado em minha frente.

.." Que espetáculo de homem é aquele! - molho meus lábios com a ponta da língua e em seguida mordo o lábio inferior — Deve ter uma pegada na cama.. que meu Deus.. snif..

Só mais duas taça de vinho e ouço a Emma entrando na porta da frente.

Já sendo de casa ela sabe que não precisa bater ou chamar.

Ela pode entrar direto.

— Vai Grace, desembucha.

Entra na cozinha, joga a sua bolsa do lado da minha e senta em outra banqueta da pequena ilha, de frente a mim.

— Ok, Emma, eu vou te contar tudinho, detalhadamente, mas antes deixa eu te servir uma taça de vinho. - enrolo para deixa- lá ainda mais ansiosa.

— Tá, mais não enrola hein.

Levanto, vou até o armário, pego outra taça e volto para o mesmo lugar que estava.

— Prontinho. - pego a garrafa de vinho e sirvo para ela — Viu como foi rápido?

— Eh, foi sim,.. - concorda — .. mas agora, anda vai, desembucha.

— Tá bom! - riu e mordo o canto do lábio inferior.

— E oh,.. - chama a minha atenção antes de eu começar a falar — .. todos os detalhes hein.

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