Identidade Desconhecida romance Capítulo 320

As palavras de William chocaram Valeria: "Você não pode falar bobagem assim! A Ashley deve ser filha do meu pai, né? Ele é uma pessoa tão astuta. Antes de acolhê-las, ele deve ter feito um teste de DNA."

"Sim, ele deve ter feito o teste, mas os resultados podem ter sido mudados, né?" William respondeu com um sorriso: "Você não acha que a Ashley e o seu pai não têm nenhuma semelhança?"

"Bem... Mas eu também não me pareço com o meu pai. É possível que os filhos não se pareçam com os pais, não é?" Valeria retrucou.

"Isso também é uma possibilidade, mas não é provável que os filhos tenham zero semelhança com os pais. Deixe-me dar um exemplo, o que você faria se não fosse filha do seu pai? Este é apenas um exemplo."

"Isso não é válido, como eu não seria filha do meu pai? Você não pode vomitar bobagens como essa!" Ela olhou para ele com tristeza.

"Eu só estava brincando. Não se importe comigo, e não fique com raiva também." Ele explicou.

"As suas piadas estão passando dos limites ultimamente. Como você pode falar coisas assim? Se eu dissesse que você não é filho do seu pai, você ficaria com raiva?"

"Provavelmente." Ele respondeu.

"Isso mesmo. Você não pode mais falar coisas assim. Se você falar de novo, eu vou punir você." Ela avisou.

"Entendi. Não vou falar sobre isso no futuro!" Ele prometeu com bom humor.

Bobby, que estava dirigindo, ligou o motor do carro. Valeria franziu a testa e sentiu que William estava sendo estranho.

O que ele falava para ela toda vez parecia acidental, mas não era uma piada, porque o que quer que ele dissesse geralmente era apoiado por provas. Se ele não estivesse brincando desta vez, seria algo grande.

Valeria não queria acreditar que não era filha de Ronald, mas as palavras de William a lembraram que ela não se parecia nem um pouco com ele. Não só ela não se parecia com ele, mas a personalidade deles também não era nem um pouco semelhante.

Ao pensar nisso, ela relembrou-se da infância. Desde a juventude dela, Natalie sempre foi a única a ensiná-la pessoalmente, e Ronald nunca teve chance de interrompê-las.

Natalie nunca tinha pedido para Ronald para cuidar. A razão dela era que os cuidados de uma mãe eram melhores do que os de um pai.

Ela foi mandada para um internato desde os oito anos até se formar na faculdade, então ficou em casa por um período muito curto.

Natalie era uma boa mãe. Ela fez tudo o que uma mãe deveria fazer, mas Ronald nunca importou-se com ela como um pai.

Ele nunca a levou para a escola, e ela nunca pensou que isso fosse anormal porque estava acostumada.

Agora, enquanto pensava nisso, parecia que muitos dos colegas dela eram levados para a escola por seus pais. Ela invejava os colegas de classe quando os via passeando com os pais deles nas ruas.

Ela conversou sobre isso com Natalie, mas ela disse que havia uma diferença entre homens e mulheres. Se ela quisesse fazer compras, comer ou viajar, a mãe a acompanhava, mas o pai dela não precisava porque estava ocupado e tinha trabalho para fazer.

Ela nunca duvidou do raciocínio de Natalie, mas agora ela achou estranho depois de pensar um pouco.

Natalie não era uma pessoa teimosa. Ela tinha a mente bastante aberta, então por que ela proibia Valeria de passar um tempo sozinha com Ronald?

Naquela época, a atitude de Ronald em relação a ela também era muito fria. Quando Natalie estava viva, ele a tratava apenas superficialmente. Mais tarde, quando Natalie se foi, ele mostrou a verdadeira face. Ele não tinha afeições paternais por ela, e sempre tentava armar para ela.