Cap. 40
Impostora Por Amor
Ascânio
Minha linda esposa acaba de sair, que alívio eu senti, por um momento pensei que fosse real o pesadelo absurdo que tive, nunca que eu poderia ser enganado assim, afinal eu sou um predador, dominador, nunca fui enganado por nenhuma mulher! Apesar que se meu sonho fosse real seria explicável essa tara louca que sinto pela putana da Manuela. Logo sou tirado dos meus devaneios insanos, pois estou sendo chamado para ir para o centro cirúrgico em mais uma emergência, me levantei e tentei liga para Mirela para avisá-la, porém seu telefone não deu sinal, então deixei um bilhete com a enfermeira e fui indo tomar uma chuveirada e me preparar, ainda consegui comer um sanduíche e depois fui para o centro cirúrgico. O procedimento era uma cirurgia de torcimento nas trompas que pegou uma parte do útero da paciente, a mulher tinha trinta e dois anos e já veio com diagnóstico tardio, e já estava com hemorragia interna.
A cirurgia, apesar do alto teor de gravidade, foi feita sem muita intercorrência, e levou cerca de duas horas, pois era intenso a quantidade de líquido em decomposição dentro dela. Apesar do risco de uma infecção generalizada, tudo foi retirado com sucesso e ela foi encaminhada para o quarto da enfermaria.
Ao sair do centro cirúrgico voltei ao banheiro e refiz meus cuidados, em seguida fui ver meu primo Augustos e minha cunhada Manuela.
Augustos estava bem acordado já, é totalmente lúcido, porém era evidente a tristeza e o remorso da culpa em seu semblante e no seu olhar. Mariela minha irmã estava com ele, porém imediatamente a mandei embora!
— Você não tem o direito, eu vou ficar Ascânio, pois Augustos é...
— Pare agora mesmo Mariela, Augustos e somente o seu primo, e nunca será nada além disso! Agora basta, fora daqui! Vá imediatamente para casa e cuide do nonno!
— Eu, vou embora mais eu te odeio, e você Ascânio só está tendo o que merece!
— De que, você está falando?
— Não vou dizer nada, vai se ferra!
— Sua garota estúpida, eu só quero te proteger, pois você não merece ser infeliz, já que é jovem demais e ainda está em tempo de conhecer alguém que queira você por si mesma!
— Va bene, eu me vou a casa!
— Ótimo.
Finalmente consegui fazer minha irmã estúpida ir embora, pois ela e mesmo sem noção, Augustos jamais sequer vai olhar para ela, com ela estando disponível assim! Inclusive ele sequer falou nada ao me ver discutido com ela por ele, Mariela não entendi que sendo seu capacho, ele nunca vai notá-la.
Mariela, saiu quase chorando, porém não me importo, inclusive eu mesmo irei falar com o Pietro meu amigo, e direi a ele para vim com tudo se quiser para cima dela, pois eu o prefiro como cunhado, mesmo porque e uma questão de honra repara o problema que o idiota do Augustos causou a irmã da minha mulher. Já que pela sua cara é evidente que ele foi imprudente e teve culpa.
Então, resolvi deixar as diferenças e primeiro tratá-lo como paciente.
— Bené, como está? — Se sentir bem, primo? Como foi a noite?
— Ascânio, passei bem já que não tive nada demais.
— Está acordado a muito tempo?
— Que me lembre, desde das nove da manhã!
— Ótimo, pelo relatório aqui os exames complementares que pedi estão todos normais, então por mim como médico, você está de alta!
— Va bene, e quanto a Manuela? Como ela reagiu?
— Pelo que já foi me passado ela está se recuperando, porém reagiu muito mal a notícia da perda parcial da perna esquerda!
— Lamento.
— Juro que não pode fazer nada, se não eu teria a poupado de perder um membro, mas ela realmente chegou muito grave e por um momento quase a perdi no centro cirúrgico!
— Maledizione, isso não precisava ter acontecido. — Augustos passa mão nos cabelos em uma atitude de desespero. — Porém ela estava irredutível querendo voltar para casa.
— Então, você estava levando ela contra a sua vontade, é isso Augusto? Não te credo que é isso que você está me dizendo!
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