INSANO romance Capítulo 87

FABRIZZIO

Quando Angelina me contou o que ela fez, fiquei mais perplexo ainda.

Segurei em seu rosto banhado de lágrimas e perguntei, bastante magoado:

- Em que você se tornou? Cadê o meu anjo?

- Eu... eu estou aqui... Nunca deixarei de ser seu anjo.. Mas eu precisava de uma última vingança! Por favor, me entenda!

Solto-a bruscamente, pondo as mãos na cabeça, totalmente perturbado e ao fitar seus olhos, demonstrando minha total decepção, afirmo com a voz trêmula:

- Eu acho que te perdi...

- Não diga isso, Fabrizzio! - ela pede chorando, pois sabe que o tamanho da minha insanidade em amá-la é proporcional ao meu desprezo.

Phoenix observa tudo e a chama para ir embora.

- Precisamos ir embora, Angelina! A polícia foi acionada.

-  Não! Ela vai comigo no jatinho! - determino, a encarando sem um pingo de simpatia.

- Ok... De toda forma eu terei que ficar, pois vou matar o resto da quadrilha. - Phoenix declara de forma serena, me deixando perplexo com seu sangue frio.

- Meu Deus, você é o demônio! - exclamo, notando que em seu semblante não há um pingo de humanidade quando o assunto é matar pessoas.

Ela continua olhando-me friamente e afirma:

- Sim, eu sou... pra esse tipo de gente que destrói vida de crianças inocentes, Fabrizzio! Essa é a minha missão na vida, embora você não goste!

Bufo e olho para Angelina, exigindo irritado:

- Vamos embora, Angelina!

Puxo a mão dela todo bruto, coloco a no carro e partimos em direção aonde está o meu jatinho.

Tô puto pra caralho e começo a chorar.

- Fabrizzio, me escute, meu amor... - Angelina implora, tentando me tocar.

- NÃO! Não quero papo agora... Eu to com ódio! - brado sem olhar para seu rosto.

Ela desaba em lágrimas e eu tento não me abalar com isso.

Ao chegarmos no jatinho, nós entramos e lhe ordeno, todo exigente:

- Tire a porra dessa roupa! Coloque algo descente!

- Eu... eu deixei minha mala no carro da Phoenix! - ela se explica.

- Cazzo! Vou te dar uma camisa minha!

- Ok..

Pego minha mala que tinha uma muda de roupa, lhe entrego uma peça e ela veste uma camisa minha enorme, bem como minha cueca box. Seu vestido sexy estava cheio de sangue e eu queria evitar falatório.

Sentamos nas poltronas, eu de um lado do corredor e ela do outro. Em seguida, olho para a janela, puto de raiva e ela recomeça seu choro sofrido, tentando se explicar novamente:

- Brizzio, por favor me escute. - insiste, desesperada.

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