Insuportável! Esse Ex-Marido Tornou-se Perseguidor! romance Capítulo 1009

Quando Lázaro Ferreira saiu do quarto de Kelly e desceu as escadas, percebeu que Sheila já tinha ido embora. A mesa estava impecavelmente limpa e, ao olhar para a pia, viu apenas um prato que havia sido enxaguado. Lázaro Ferreira arqueou uma sobrancelha, pensando se Sheila tinha comido todo o peixe.

Ele subiu novamente, caminhando em direção ao quarto de Sheila. Ao chegar, hesitou por um momento antes de bater. Após esperar um pouco sem resposta, imaginou que ela provavelmente estaria tomando banho. Lázaro voltou ao seu quarto, colocou o celular de lado e foi até o armário escolher uma roupa.

Quando saiu do banho, secando o cabelo distraidamente, seu olhar caiu sobre o celular. Uma nova notificação. "Sim, estava delicioso, comi tudo." Lázaro riu baixinho, sentindo uma felicidade simples. Suas bochechas esquentaram, e num impulso, jogou-se para trás na cama, cobrindo o rosto com as mãos, pois sabia que devia estar sorrindo feito um tolo. Ele nunca imaginou que um dia algo tão pequeno como isso o faria sorrir como um tolo.

O celular tocou, era Leandro Ferreira. "Alô?" Lázaro atendeu imediatamente, sua expressão se tornando séria, "Irmão." "Hm." Leandro tinha ligado por um motivo, "Vamos marcar um dia para você trazer a Sheila e a Kelly para jantar em casa." Parecia que o irmão estava tentando fazer as pazes. Lázaro entendeu o gesto como uma tentativa de reconciliação de Leandro e não recusou, "Certo, eu falarei com a Sheila." "Ok."

"Irmão..." Lázaro segurava o celular, hesitante, e então revelou, "Eu estou apaixonado." A palavra ecoou no silêncio do quarto. Leandro ficou surpreso, mas Lázaro continuou, "É a Sheila. Irmão, eu gosto da Sheila." Do outro lado da linha, Leandro ficou em silêncio por um momento, "Parabéns, irmão." Depois de uma pausa, acrescentou, "Você e a Sheila serão felizes." "Sim." Lázaro sorriu, "Eu também acredito. Nós temos a Kelly. Seremos uma família feliz." "Irmão, boa noite." "Boa noite."

Sheila, sempre tão forte, sentiu uma onda de ansiedade que não conseguia suprimir. "Então... quando ele poderá movê-los?", a voz dela saiu baixa, quase um sussurro carregado de medo. Ela temia que ele nunca mais pudesse movê-los como antes. "É difícil prever com exatidão," ele começou, escolhendo suas palavras cuidadosamente. "Os dedos são estruturas delicadas, que requerem movimentos precisos. Após uma reanexação desse tipo, recuperar a flexibilidade total é praticamente impossível. Porém, com uma boa reabilitação, recuperar até 70-80% é viável." "Obrigada, doutor."

Ao sair do consultório, Sheila estava visivelmente abatida. Ela estendeu a mão para Kelly, "Deixe-me carregá-lo." "Não precisa." Lázaro Ferreira segurou a mão de Kelly com uma das suas, sacudiu levemente a cabeça, baixou os olhos para olhá-la, sentindo seu coração pular, enquanto engolia em seco. Incerto, perguntou: "Sheila, você está preocupada com a minha mão?"