Insuportável! Esse Ex-Marido Tornou-se Perseguidor! romance Capítulo 416

Sheila Senna percebeu que talvez a melhor solução fosse encerrar tudo de uma vez por todas.

"Com licença, poderia embrulhar para mim?"

As flores foram escolhidas: um buquê de lírios, simbolizando a pureza, e outro de cravos, representando amor e desdém.

"Claro, por favor, aguarde um momento."

A atendente pegou as flores e foi preparar o embrulho.

"Quanto custa?" Sheila Senna perguntou, com o celular em mãos, dirigindo-se ao caixa com um ar de indiferença.

"São 136 reais, por favor."

Na porta, o som suave dos sinos anunciava a chegada de Lázaro Ferreira. Ele entrou e foi direto até Sheila Senna.

"Cheguei."

Sheila Senna olhou surpresa para ele. "Como você sabia que eu estava aqui?"

Lázaro Ferreira deu um sorriso satisfeito. "Quando a gente quer, não é difícil. Você mencionou que estaria comprando flores."

Naquela área, não havia muitas floriculturas, então encontrá-la não foi complicado.

Certo.

Sheila Senna suspirou, lamentando ter mencionado qualquer detalhe antes.

"Está pronto."

A atendente voltou e entregou as flores.

"Deixe comigo." Lázaro Ferreira estendeu o braço, pegou o buquê e, com a outra mão, segurou a de Sheila com firmeza.

"Vamos."

"Lázaro Ferreira..." Sheila Senna disse, um pouco irritada. "Hoje, não tenho tempo nem disposição para um encontro."

Desde que concordou em reatar com ele, não planejava voltar à velha rotina.

Lázaro Ferreira franziu a testa, mostrando descontentamento.

Ela queria que ele ficasse irritado. Se ele estivesse irritado, talvez finalmente terminasse com ela. E era exatamente isso que ela desejava.

No entanto, Lázaro Ferreira não disse nada. Colocou as flores no porta-malas e abriu a porta do carro. "Entre."

"Lázaro Ferreira?"

"Entre." A insistência era evidente.

O carro seguiu em direção à Aldeia Riacho Doce.

Aldeia Riacho Doce era a terra natal da avó, Elisabete Senna. Após o divórcio dos pais, Sheila e a mãe passaram um tempo por lá, em busca de consolo e refúgio.

Mais tarde, a mãe de Sheila foi enterrada ali, atrás da antiga casa da avó.

Desde que voltou a Uberlândia, Sheila Senna nunca tinha visitado o local, como se a distância pudesse abafar a dor das lembranças.

Mesmo quando morava em Uberlândia, raramente visitava a mãe devido a memórias dolorosas.

Não era que ela não quisesse ver a mãe, mas não tinha coragem de encará-la.

Aldeia Riacho Doce era uma vila próxima a Uberlândia, não muito distante de carro. Quando chegaram, o sol ainda não havia se posto, tingindo o céu com tons de laranja e rosa.

"Pode parar aqui."

Sheila Senna apontou para o pé da montanha.

"Certo." Lázaro Ferreira saiu do carro, pegou as flores no porta-malas e olhou para o topo da montanha, tentando adivinhar.

"Você veio prestar homenagem a alguém?"

"Sim." Sheila Senna respondeu com um tom muito suave. "Minha mãe."