Insuportável! Esse Ex-Marido Tornou-se Perseguidor! romance Capítulo 700

Sheila Senna ficou surpresa, não esperava que ele fosse tão direto.

"Para de pensar bobagens."

Pablo Otero, com o perfil elegante, sorriu com certa resignação: "Eu te salvei, sim, mas eu lembro muito bem do que você me disse antes. Eu entendo suas preocupações."

Fez uma pausa, suspirando profundamente: "Você não deve se sentir culpada por nada. O que minha mãe fez com você antes... Eu te devo isso, salvar você agora é como se estivéssemos quites. Que tal?"

A graça de salvar uma vida, ele falou de maneira tão leve.

Uma oportunidade tão boa, e ele não aproveitou para cobrar o favor!

Mas esse é o Pablo Otero, o justo e íntegro Pablo Otero.

"...Tudo bem." Sheila Senna concordou, com a voz rouca e um sorriso tímido.

"Ah, sim." Sheila Senna lembrou-se de algo, apontando para o braço de Pablo Otero: "Como está seu braço?"

"É só um ferimento leve."

Pablo Otero levantou o braço, arregaçou a manga para mostrar a ela: "Não atingiu nenhum osso, só não posso molhá-lo por uns dias, preciso trocar o curativo regularmente e seguir uma dieta restrita. É bastante incômodo."

Ouvindo ele dizer isso, Sheila Senna franziu a testa: "Não tenha medo do incômodo, senão a infecção pode piorar."

"Hum." Pablo Otero a olhou sério, mas logo sorriu: "Vou ter cuidado."

Baixando o braço, ele olhou para o relógio: "Preciso ir para a empresa."

"Certo." Sheila Senna se sentiu ainda mais em dívida, apressando-o: "Vá cuidar dos seus assuntos."

Quanto tempo ela já tinha feito ele perder?

"Então, estou indo."

Pablo Otero deu mais algumas instruções antes de se levantar e sair.

Fora do quarto, Lázaro Ferreira estava parado ereto, indeciso, e quando viu Pablo saindo, seus olhos se estreitaram ligeiramente.

Pablo Otero franziu a testa e seguiu seu caminho.

"Por que você ainda está parado aí?"

A enfermeira, carregando a bandeja de tratamento, estava indo cuidar de Sheila Senna.

Ela olhou para Lázaro Ferreira, parado na porta: "Ela já acordou, agora você pode visitá-la."

"Hum." Lázaro Ferreira engoliu em seco: "Ela está melhor?"

"Melhorou muito." Respondeu a enfermeira: "Emergências são assim, perigosas no momento, mas passam."

"Você pode entrar."

Lázaro Ferreira, com o coração acelerado, não sabia se estava mais feliz ou mais nervoso: "Obrigado."

"De nada."

Lázaro Ferreira caminhou para dentro, seus lábios inconscientemente apertados, e quanto mais se aproximava da cama, mais rápido seu coração batia.

Finalmente, ele parou ao lado da cama.

Sheila Senna estava meio recostada na cabeceira da cama, ainda respirando com ajuda de oxigênio, mas seu espírito e cor de pele estavam muito melhores do que na noite anterior.

"Sheila." Lázaro Ferreira, fixando os olhos em seu rosto, falou, mas não sabia o que dizer.

"Você veio."

Sheila Senna sorriu para ele, apontando para a cadeira ao lado da cama.

"Senta aí."

"Certo."

Lázaro Ferreira, nervoso, assentiu e puxou a cadeira para sentar conforme instruído.