Insuportável! Esse Ex-Marido Tornou-se Perseguidor! romance Capítulo 749

Naquela noite, uma chuva torrencial caía sobre Uberlândia.

No interior de uma casa sombria, o ar estava saturado com um forte odor de álcool misturado ao cheiro de cigarro.

Sobre a mesa de centro e pelo chão, acumulavam-se garrafas vazias de bebida, enquanto os cinzeiros transbordavam de bitucas de cigarro, formando pequenos montes.

No sofá, Lázaro Ferreira, com os olhos fechados, já estava submerso no álcool, forçado a entrar no mundo dos sonhos...

Em seu sonho, ele era o Nono Laranjeira. Não era um apelido, era seu verdadeiro nome: Nono Laranjeira. Seu pai, Norberto Laranjeira, o desprezava tanto que nem se deu ao trabalho de lhe dar um nome próprio...

A mãe do Nono Laranjeira era vinte anos mais jovem que Norberto Laranjeira. Antes dela, Norberto Laranjeira tinha tido duas esposas; a primeira falecera, e da segunda, ele havia se divorciado. Por causa da grande diferença de idade, Norberto Laranjeira era muito afeiçoado a ela. Mas, com o tempo, problemas começaram a surgir.

O casal tinha muito pouco em comum, e como Norberto Laranjeira era o patriarca da família Laranjeira, ocupado em gerenciar todos os assuntos da família, os filhos não apenas eram de pouca ajuda, como frequentemente causavam problemas, deixando-lhe pouco tempo para passar com ela. Eventualmente, a mãe do Nono Laranjeira teve um caso extraconjugal. Norberto Laranjeira, chegando em casa tarde da noite, flagrou-a com um dos motoristas da família!

Enfurecido e humilhado, Norberto Laranjeira arrastou o motorista para fora e, na frente da mãe do Nono, o espancou até deixá-lo incapacitado! O homem ficou à beira da morte, condenado a passar o resto de seus dias confinado a uma cama, incapaz de cuidar de si mesmo.

"Bastardo!" "Você e sua mãe miserável são iguais, nascidos para serem desprezados!" "Como você não morre? Ainda está vivo!" ...

Lázaro Ferreira estava preso em um pesadelo, franzindo a testa em agonia, balançando a cabeça: "Não, não... Ah..." Com um grito, ele de repente abriu os olhos e se sentou no sofá. Respirando pesadamente, com a boca aberta. Seu coração batia aceleradamente. Sua testa e as têmporas já estavam encharcadas de suor, e suas roupas estavam molhadas pelo suor. Nas costas, as cicatrizes antigas feitas por Norberto Laranjeira pareciam latejar de dor...

Com uma dor de cabeça terrível, Lázaro Ferreira levantou a mão, massageou as têmporas, levantou-se e foi até o armário de bebidas, pegando uma garrafa. Ele inclinou a cabeça para trás e bebeu dois goles, sentindo-se um pouco mais acordado. Refletindo sobre o passado, se não tivesse encontrado Leandro Ferreira mais tarde e entrado para a família Ferreira, ele ainda não saberia que também poderia viver como um ser humano...