Inversão de Amor: Conquistar o CEO romance Capítulo 157

Ele falava com uma desfaçatez que chegava a ser irritante.

Afonso e Patrícia Ribeiro franziram a testa.

Nos estratos sociais mais abastados, a preocupação predominante costuma ser com as aparências. Contudo, alguém tão insistente e enfadonho como ele era verdadeiramente incomum.

E, para completar, Juliana do lado ainda entrou na conversa: "É verdade, de qualquer maneira, ele é o marido da Felipa e o pai da Beatriz. É da família, né... Mesmo que a Felipa tenha partido, não é como se cortássemos os laços de parentesco."

Depois de falar, ela sorriu e continuou: "Temos um conhecido que tem um caso assim, não é? O ex-marido da família Oliveira, depois que a esposa morreu, se casou com uma tal de Marta. E olha que a nova se dá super bem com a família Oliveira, todo mundo se trata como parente, uma maravilha! O filho do primeiro casamento, que agora toma conta da empresa, também trata a madrasta super bem..."

O caso que Juliana mencionava era conhecido por todos.

Mas a condição era que a madrasta tratava o filho bem, por isso se aproximou da avó materna do menino, uma situação bem diferente da de Omar.

Se Omar tivesse tratado Beatriz um pouco melhor, a família Moraes certamente não estaria tão hostil com ele agora.

Patrícia Ribeiro deu uma risada sarcástica: "Cunhada, este é um assunto que diz respeito apenas a nós. Se você e a Eva não têm mais o que fazer, podem ir embora!"

Juliana fez um gesto com a mão: "A gente não está com pressa, podem continuar."

"..."

Patrícia Ribeiro sentia uma irritação que não conseguia expressar, quase se arrependendo da ligação que tinha acabado de fazer para o irmão mais velho.

Ela respirou fundo antes de olhar para Omar: "Senhor Omar, o que o senhor quer dizer? Seja mais claro, por favor!"

Omar sorriu: "Na verdade, é simples. Se somos todos uma família, então que nos tratemos como tal, e que haja cuidado mútuo e mútua confiança. Se não somos uma família, então devemos dividir bem os interesses."

Afonso ficou surpreso: "Que interesses?"

Omar prosseguiu: "Claro que são os lucros do Comprimido Sem Preocupações! Foi a Felipa quem desenvolveu, isso todo mundo sabe, não é verdade?"

Ele se levantou, falando sem vergonha nenhuma: "A Felipa era minha esposa e mãe do Lucas, ela se foi, mas o que ela nos deixou, o primeiro a herdar deveria ser o cônjuge e o filho. Não deveria ser a vez da sogra e do cunhado, certo?"

"Se tratarmos como família, então a fórmula do Comprimido Sem Preocupações poderíamos até fornecer gratuitamente. Mas, como família, a gente se ajuda, não é verdade? Se não for como família, então essa fórmula, eu e o Lucas dividimos meio a meio, vocês levam a fórmula para investir na empresa, mas então deveriam ser trinta a setenta, certo? A fórmula é o mais importante, representa setenta por cento, então pelo menos trinta e cinco por cento deveriam ser meus, não é mesmo?"

Antes de vir, ele já tinha se informado bem.

A família Moraes estava em decadência, mas tinha revivido graças ao Comprimido Sem Preocupações da Felipa.

Por isso, Omar estava pedindo tanto.

Beatriz ouviu e deu uma risada fria.

A fórmula deixada pela mãe não podia ser produzida em massa; como naquela época, milhões em ingredientes foram gastos para produzir apenas cinco unidades. A que estava sendo produzida em massa agora tinha sido aprimorada por ela.

"Você...!"Afonso ficou furioso, achando que Omar estava delirando.

Patrícia Ribeiro também franzia a testa, percebendo que a situação estava complicada.

De certa forma, Omar tinha razão.

Embora Felipa tivesse morrido, sem um testamento, suas coisas realmente pertenciam à família Souza.

Omar atentou para a alteração nas expressões dos outros presentes e, com um sorriso calmo, proferiu: "Os Moraes são pessoas importantes, com um império de negócios, não vão querer passar a perna em nós que viemos da pequena Luminosa, né?"

Juliana riu ao lado: "Imagina, isso jamais aconteceria. Os Moraes são uma família tradicional, renomados em Imperial por serem gente da melhor qualidade. Somos uma família honrada há gerações!"