Inversão de Amor: Conquistar o CEO romance Capítulo 290

Ao ouvir isso, Pedro ficou meio surpreso.

Flávia Maia perguntou, espantada: "Você entende?"

Beatriz assentiu, prestes a falar, quando a voz de Ana se fez ouvir: "Maninho, você estava procurando por mim?"

Assim que Pedro a viu, se levantou num instante, pegou o laptop e foi até ela, "Ana, vem cá rápido me ajudar a ver o que está acontecendo com esse jogo. Os técnicos do departamento de software não conseguem encontrar o problema. Se a gente não resolver logo, o jogo vai perder todos os jogadores!"

Beatriz ficou confusa.

Hesitante, ela virou-se e ouviu Flávia Maia explicar: "A Ana é uma espécie de consultora de software da empresa. Quando os técnicos não conseguem resolver uma coisa, eles recorrem a ela."

Flávia Maia fez uma careta ao dizer isso e, vendo Ana e Pedro já com o laptop ao lado, não pôde evitar um suspiro, confessando: "Bia, estou sofrendo por dentro."

"Bia?"

Beatriz arqueou uma sobrancelha, não sentindo muita intimidade com Flávia Maia, mas o semblante melancólico dela a impediu de expressar esse pensamento. Em vez disso, ela optou por permanecer quieta, uma ouvinte atenta.

Flávia Maia suspirou: "Nossa família pode não ser tão rica quanto a família Souza, mas também somos abastados. Meus pais me mimaram desde pequena, e nunca esperaram que meu casamento trouxesse vantagens. Eu e Pedro nos apaixonamos livremente. O Marco, o primogênito, é justo e nunca forçou Pedro a um casamento arranjado. Você deve achar que sou sortuda, não é?"

Beatriz pensou em dizer que não tinha percebido essa tal felicidade, e que a única coisa que parecia dar certo era o amor livre no casamento.

Enquanto refletia, Flávia Maia suspirou novamente: "Mas quem sabe como é viver na família Souza..."

Ela olhou para Ana e falou baixinho: "Sabe de uma coisa? A empresa do Pedro contratou a Ana como consultora, e ela deveria receber um salário, mas ela recusou. Ela já é rica. Eu sugeri que ela se tornasse uma sócia, mas ela não quis. Para o mundo, isso soa bonito e mostra como ela é generosa, certo?"

Beatriz assentiu, achando que não havia nada de errado em Ana agir assim, afinal, eram todos da mesma família.

Flávia Maia continuou: "Pois é, e agora todos falam sobre como a herdeira dos Souza é nobre e cuidadosa com os irmãos e pacífica... Mas e o seu irmão..."

Beatriz seguiu o olhar de Flávia Maia e viu Pedro de pé, com Ana sentada ao lado dele, e Pedro, servilmente, apontando para algo na tela do computador.

Ana falou algo, e Pedro imediatamente começou a assentir com a cabeça.

Quando Beatriz quase riu, Flávia Maia continuou: "Viu só? Seu irmão está completamente sob o controle dela. Ah e meu dote não foi pequeno, e ele também ganha uma boa quantia todo ano na empresa. Abrimos essa empresa de jogos para ter algo com que nos ocupar e não ficarmos entediados, porque dentro do Grupo Souza há muitas limitações. Se o departamento de software do seu irmão tem algum problema, pedir ajuda aos especialistas em computação do grupo não seria um problema, certo? Se ainda assim não desse certo, eu pagaria caro por um hacker competente. Mas seu irmão sempre diz a mesma coisa: "Por quê usar estranhos quando temos a irmã em casa?"

"Mas ele gastou, e com as despesas diárias, nossa vida não podia superar a de Ana. Eu adoro comer palmito, minha família me mandou um pouco. Seu irmão diria, isso é bom, vamos dar um pouco para a caçula. Eu recuso? Pareço mesquinha, mas se eu dou, dar a metade é muito pouco, tem que ser pelo menos dois terços..."

Flávia Maia continuava reclamando: "Ela é a senhorita da família Souza, come o melhor, bebe o melhor, veste o melhor, e eu entendo, mas as coisas que meu marido compra, as melhores coisas da nossa casa, tudo tem que ir para ela..."

Falando e falando, Flávia Maia parou e olhou para Beatriz: "Eu sei, você certamente diria, ela nos ajudou, então é certo dar uma atenção especial na vida cotidiana. Mas você sabe? Eu preferiria pagar por um especialista em informática, pelo menos eu teria pago, nós estaríamos em igualdade, e eu não teria que carregar esse favor que nunca consigo retribuir..."

Ela suspirou com tristeza e então olhou para Beatriz: "Ah, deixa pra lá, estou te contando isso e você provavelmente acha que estou reclamando de barriga cheia, pois há pessoas no mundo que nem têm o que comer, e eu aqui reclamando que comi pouco coração de palmeira..."

Beatriz: "..."