Inversão de Amor: Conquistar o CEO romance Capítulo 6

Na receção do Hotel Pereira, o mármore impecável do chão brilhava com o reflexo das luzes.

Ronaldo Rodrigues estava sentado no sofá, de olho fixo na direção dos elevadores.

A gerência do hotel, pertencente à família Pereira, era rígida, e a receção recusava-se a vender informações dos hóspedes. Assim, Ronaldo teve que chegar bem cedo para ficar de guarda.

A paciência foi recompensada quando ele finalmente a viu.

Ao ver a silhueta deslumbrante passar, ele levantou-se num pulo, segurando um buquê de flores, e interrompeu o caminho dela com um ar de quem se achava o último biscoito do pacote: "Oi, gata, que coincidência, né? Quem diria que a gente ia se esbarrar de novo!"

Beatriz Souza só soltou um suspiro.

Não tinha cancelado o noivado!? porquê ele continuava aparecendo à sua frente?

Ronaldo não percebeu o desinteresse dela e sorriu: "A gente tá tão ligado assim, cê não vai me negar seu nome, vai?"

Beatriz Souza estreitou os olhos.

Não estava a fim de papo, mas lembrou que ele tinha estado na sala de parto. Talvez valesse a pena sondar um pouco.

Ela falou devagar: "Isabela Moraes."

Moraes era o sobrenome da mãe.

Os olhos de Ronaldo brilharam: "Srta. Moraes, tá livre pra bater um papo? O destino cruzou nossos caminhos, bora tomar um café aqui do lado?"

Beatriz deu de ombros, indiferente.

Ele a guiou com gentileza: "Por aqui, Srta. Moraes… E a sua irmã, cadê ela?"

Ela arqueou uma sobrancelha: "Irmã?"

"É, a menina que estava contigo ontem no aeroporto. Você parece ser tão jovem, não deve ter uma filha desse tamanho, né?" brincou Ronaldo, se achando engraçado.

Beatriz não queria se explicar e respondeu: "Tá lá em cima."

"Não desceu, então? Melhor, assim não atrapalha a gente... Naquele café, tem uns docinhos que são uma delícia, depois a gente compra pra você levar pra sua irmã..."

Conquistar uma mulher era saber agradar todo mundo ao redor dela.

Ronaldo sabia bem disso.

À distância, Rodrigo Pereira, que acabava de verificar uns assuntos do hotel, observava friamente.

Atrás dele, seu assistente Yago Castro comentava com desdém: "Diretor Pereira, Essa mulher não perde tempo é?!, Olha só já tá de brincadeira com outro. E ainda por cima, chama a própria filha de irmã! Nunca vi tanta dedicação pra enganar alguém!"

O segurança atrás deles ficou confuso: isso era motivo de comparação?

O Rodrigo, ouviu o comentário mas se manteve calado, e no final ele só disse: "Procure saber mais sobre ela."

"Sim, senhor."

Já na cafeteria, Beatriz escolheu um lugar perto da janela e, com poucas palavras, levou Ronaldo a falar sobre o noivado.

Ele estava ansioso para se explicar, mas o tom era sarcástico e desagradável:

"… Srta. Moraes, não é que eu seja um canalha, mas você não faz ideia de como aquela gorda é feia. Os olhos dela são só duas fendas por causa das bochechas, e ela até faz o chão tremer quando caminha.

Ainda inventa desculpa de que é gorda porque tomava hormônio, né? Como se fosse fazer alguma diferença se ela emagrecesse.

Além do mais, ela é meio abobalhada, largou a escola no terceiro ano do fundamental e vive trancada no quarto. Nem pra reagir a uma bronca ela serve.

Imagina só, casar com alguém sem estudo, que mal sabe escrever e ainda por cima é boba e gorda... Taria sofrendo também!"

Beatriz apoiou o rosto na mão, entediada.

Desde pequena, ela sabia que, aquela família que só a desvalorizava, chorar não adiantava nada.

Ela aguentava as pancadas sem revidar porque se lembrava sempre do último desejo de sua mãe, que a disse para tentar ser o mais comum possível, a não demonstrar a inteligência e habilidades antes de atingir a idade adulta, pois só assim estaria segura.

"Não suporto a postura da família Souza, se não fosse pela empresa, não estaria aqui dando trela para a Cláudia Souza..."

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