Inversão de Amor: Conquistar o CEO romance Capítulo 625

Duas pessoas estavam atentas ao celular.

Mas viram Ciro saindo do elevador, guiado pelo mordomo.

Ele caminhava pulando, sem um momento de serenidade, seus olhos giravam inquietos, avaliando os arredores.

O porão foi especialmente construído para interrogatórios, por isso era sombrio e úmido. Uma criança comum provavelmente teria medo do escuro ali, mas Ciro parecia não se importar.

Era bastante corajoso.

Rodrigo admirou em silêncio.

Se fosse seu filho, isso não o teria envergonhado.

Enquanto pensava nisso, viu Ciro entrar na sala de interrogatório.

Rodrigo trocou a câmera e passou para dentro da sala de interrogatório, cuja disposição estava igual, exceto por Tereza, que estava caída num canto.

Provavelmente, por não comer há cinco dias, ela estava extremamente fraca, mas não necessariamente suja, já que havia água no porão.

Beatriz arqueou uma sobrancelha: "Ela realmente cuidou bem de si mesma."

Rodrigo falou: "Lavar o rosto e escovar os dentes todas as manhãs, isso mostra que ela tem uma forte resiliência mental."

Realmente foi treinada.

Enquanto pensavam nisso, viram no vídeo Tereza levantando a cabeça lentamente ao ouvir um som e, ao ver Ciro, seus olhos brilharam de alegria: "Ciro! Você veio trazer comida... para a mamãe? Me dá rápido!"

Ciro jogou uma sacola para ela.

Tereza pegou a sacola rapidamente, procurando dentro dela. Após um momento, encontrou apenas algumas folhas murchas e uma cenoura, ficando furiosa: "Ciro!"

Ela mordeu o lábio: "Você está se vingando de mim porque me viu desamparada, não é?"

Vingança?

Essa palavra fez Rodrigo e Beatriz trocarem um olhar.

Ciro deu de ombros: "Não tem jeito, isso aqui é a família Pereira, Rodrigo não me deixa trazer comida para você, conseguir isso já foi uma grande coisa."

Ao ouvir isso, Tereza imediatamente ficou enfurecida: "Ele é desumano! Como pode tratar uma mulher assim, sem um pingo de compaixão! Nem um pouco de comida ele quer dar? É um verdadeiro avarento!"

Rodrigo, confuso com as acusações, e Beatriz, que soltou uma risada.

Esse menino é interessante!

Tereza, acreditando que era uma ordem de Rodrigo, não se importou mais e começou a comer a cenoura.

Depois de dias sem comer, a cenoura parecia excepcionalmente doce.

Após terminar a cenoura, ela olhou para Ciro, "Traz mais uma para mim."

Ciro balançou a cabeça: "Rodrigo é um verdadeiro vilão, seus homens estão de olho em mim. Conseguir essa foi com muito esforço! Ele só concorda em te dar uma cenoura por dia, amanhã eu trago mais folhas de verdura para você!"

Tereza: !!

Quando Tereza ia dizer algo, Ciro falou: "Ah, eu tenho que subir, ele só me deixou ficar aqui por um minuto."

Dizendo isso, ele virou-se e começou a correr para fora.

Tereza desesperada perguntou: "Ciro, ele disse quando vai me soltar?"

Ciro a ignorou, e logo o pequeno estava correndo para fora, Tereza ficou ainda mais desesperada, tentando se levantar do chão, mas suas pernas fracas a fizeram cair novamente, só podendo gritar frustrada: "Ciro, não esqueça o que meu irmão disse quando você voltou ao país!"

"Eu lembro, eu lembro!" Ciro acenou: "Fique tranquila! Papai também me pediu para te dizer, você pode ficar aí sem se preocupar, você não vai morrer."

Tereza: "......"

Depois que Ciro saiu, Rodrigo desligou a vigilância por vídeo.

Os dois trocaram um olhar.

Embora Ciro, inesperadamente, não tenha dito nada demais, eles ainda perceberam alguns problemas.

Beatriz não se deu ao trabalho de falar, e Rodrigo disse: "Quando Tereza viu Ciro, a primeira coisa que ela disse, aquela chamada de mãe teve uma pequena hesitação. Embora não estivesse errada, a hesitação naquele chamado já diz algo. Pelo menos, mostra que Ciro, quando estava no exterior, não a chamava de mãe."

Tereza, embora treinada, estava faminta por cinco dias. Ao ver Ciro, mesmo lembrando a si mesma para ser cautelosa, a falta de açúcar no cérebro fazia com que sua reação fosse lenta.

Beatriz concordou com Rodrigo, acenando com a cabeça.

De repente, Rodrigo perguntou: "Qual você acha que é a probabilidade de Ciro ser nosso filho?"

Beatriz ficou em silêncio por um momento.

Esse homem nem percebeu que já estava chamando Ciro pelo nome.

Ele realmente gostava desse filho, não é?

Os olhos de Beatriz se abaixaram ligeiramente, e, de repente, ela deu um leve sorriso: "Noventa por cento."

Quando Rodrigo ouviu esse número, seus olhos brilharam de repente.

Beatriz continuou lentamente: "A comparação de DNA entre estranhos geralmente fica entre vinte e trinta por cento. Oitenta e quatro por cento é, na verdade, muito alto."

Mesmo mudando o DNA, não é possível mudar tanto assim.

Rodrigo respirou fundo.

Quando Beatriz estava prestes a dizer algo mais, a Governanta executiva ao lado da avó Pereira se aproximou: "Sra. Beatriz, a senhora sua avó soube que você veio, ela não está se sentindo bem e gostaria de convidá-la para vê-la."

Ela não era surda.

"Ai, Sra. Beatriz, você parece tão reservada! Está tímida, por acaso?"

Sra. Valentina continuou falando com um sorriso, com uma voz que, apesar de suave, soava perturbadora.

Beatriz baixou os olhos, mantendo-se calada.

Nesse momento, uma mulher de cerca de vinte e cinco anos se aproximou, falando de maneira suave e gentil: "Sra. Beatriz, em nome da minha sogra, peço desculpas pelas palavras de antes."

Essa atitude franca fez com que Beatriz sentisse simpatia por ela.

Olhando para a mulher, Beatriz notou sua aparência gentil e seu sorriso tímido, o que a fez parecer muito agradável.

A governanta executiva sussurrou para Beatriz: "Esta é a nora da Sra. Valentina, Valentina Coelho. O motivo de termos convidado você aqui é para examinar esta senhora."

Após dizer isso, a governanta executiva fez uma careta, claramente desdenhando de Valentina.

Beatriz ficou ligeiramente surpresa.

Examiná-la?

A mulher parecia corada e saudável. Que doença ela poderia ter?

Enquanto Beatriz pensava, Sra. Valentina soltou uma risada fria: "Valentina, quando os mais velhos estão falando, não é seu lugar interromper! O que há de errado em eu, uma anciã, fazer um comentário sobre a Sra. Beatriz? E ainda mais, você se desculpando por mim... Com essa sua saúde frágil, você acha que pode representar nossa família Branco?"

O rosto de Valentina ficou vermelho de vergonha.

Ela sorriu timidamente para Beatriz antes de baixar a cabeça, claramente sentindo-se inferior.

Beatriz ficou confusa e perguntou: "O que a Sra. Coelho tem de errado?"

Valentina ficou surpresa.

Desde que se casou na família Branco, ela sempre foi chamada de Sra. Valentina. Essa era a primeira vez em anos que alguém a chamava de senhorita.

Enquanto ela estava distraída, Sra. Valentina riu baixo, cheia de escárnio: "A doença dela é que, mesmo casada há três anos, ainda não conseguiu engravidar! Ser uma mulher e não conseguir ter filhos, que vergonha. Sra. Beatriz, por favor, examine-a para ver se ainda há solução!"

O rosto de Valentina ficou ainda mais vermelho com a humilhação.

Ao lado, a avó Pereira franziu a testa e repreendeu: "Como se atreve a falar assim? Estamos em público, mantenha a imagem da família Branco!"

Sra. Valentina respondeu, insatisfeita: "Tia, você sabe tão bem quanto eu que nossa família Branco sempre teve apenas um herdeiro por geração. Agora que chegou a vez do Nicolau, estamos todos ansiosos. Sra. Beatriz, por favor, examine a Valentina para ver se ela está escondendo alguma condição. Se ela realmente tiver algum problema, é melhor sabermos logo para não prejudicar a linhagem da família Branco."

Valentina estava à beira das lágrimas.

Beatriz não suportava mais ver aquilo.