Inversão de Amor: Conquistar o CEO romance Capítulo 64

As pessoas viraram a cabeça em conjunto e viram uma silhueta parada ali, como se não fosse nada demais. A garota era uma verdadeira beldade, com olhos puxados levemente abaixados, parecendo cansada, sem muita energia.

Mas ainda assim, ela transmitia uma arrogância que não estava para brincadeira.

Ela colocou mão no bolso e tirou de lá uma pílula escura embrulhada em papel branco. Quando rasgou o embrulho, segurou a pílula entre dois dedos e levantou o olhar para o Dr. Barros: "Comprimido Sem Preocupações, garantia de originalidade."

Dr. Barros ficou surpreso ao vê-la; a semelhança da garota com Felipa era assustadora, tanto que ele ficou zonzo por um instante, como se aquela moça de outrora estivesse ali, na sua frente, dizendo cheia de si: "Comprimido Sem Preocupações, eu consegui!"

Alguém na multidão exclamou: "Dr. Carlos, dá uma olhada! Será que é o Comprimido Sem Preocupações?"

Dr. Carlos, um nome respeitado na medicina tradicional chinesa, ouvindo isso, deu um passo à frente e pegou a pílula das mãos da garota, raspando um pouquinho para cheirar.

Depois de um momento, ele confirmou:

"É o Comprimido Sem Preocupações mesmo! E parece que foi feito recentemente!"

"Como assim, feito recentemente? Essa garota, será que é da família Moraes?"

"Será que o Comprimido Sem Preocupações foi mesmo uma criação da Felipa?"

"…"

Um silêncio tomou conta do lugar.

Afonso Moraes brilhou os olhos e falou sem hesitar: "Dr. Barros, e agora, o que você tem pra dizer?"

Dr. Barros rapidamente se recompôs, com um ar confuso: "Naquela época, eu e Felipa trabalhamos juntos nos remédios, quem diria que ele também conseguiria fazer o Comprimido Sem Preocupações…"

Era uma maneira de manter sua dignidade.

Patrícia Ribeiro soltou uma risada abafada, sem dizer uma palavra, mas foi o suficiente para fazer Dr. Barros sentir como se tivesse levado um tapa na cara!

Todos olhavam uns para os outros, sem saber o que fazer.

De repente, Dr. Carlos deu um passo à frente e perguntou: "... Sr. Moraes, essa pílula está à venda? Eu dou cem mil!"

Assim que falou, os outros começaram a se dar conta e se juntaram ao redor de Afonso Moraes:

"Eu dou cento e cinquenta mil!"

"Eu dou quinhentos mil!"

"Um milhão!"

"…"

Era uma conferência, mas quem passasse por fora poderia pensar que era um leilão.

Afonso Moraes nem prestou atenção naquela confusão, pegando a pílula das mãos do Dr. Carlos com todo cuidado, "Essa pílula..."

Nem chegou a dizer "não está à venda"quando Beatriz Souza falou com voz serena: "Claro que podemos vender."

Afonso Moraes ficou surpreso.

A família Barros tinha feito nome com uma única pílula na Cidade Imperial, será que ela não sabia o valor que aquilo tinha?

Ele ia falar quando viu Beatriz Souza tirando mais pílulas do bolso, uma, duas... até vinte!

Ela falou calmamente: "O novo Comprimido Sem Preocupações da família Moraes estará disponível no fim do mês, cada uma por... vinte mil?"

Ela pensou em cobrar dez mil, mas vendo as pessoas dispostasa comprar, talvez vinte mil desse certo também? Enquanto pensava se não seria demais, ouviu as pessoas gritando:

"Eu quero duzentas!"

"Eu quero duas mil!"

"Seu Afonso, eu quero três mil!"

Os de farmácias e os de departamentos de compras dos hospitais começaram a dar seus lances.

Afonso Moraes engoliu em seco e, sem querer, lançou um olhar para Beatriz Souza, que falava com uma tranquilidade: "O 'Comprimido Sem Preocupações' é dificil de fazer, não sai mais de dez mil por mês, e nem pensa em atacado, só na inspeções mesmo."

Todo mundo ficou meio chateado, mas aí teve quem chegou em Afonso Moraes: "Sr. Moraes, tô querendo pegar cinco mil caixas daquela Solução Oral Médica Equilibrada. Me vende duzentas daquelas pílulas 'Sem Preocupações'? Pago o preço que for, sem choro nem vela!"

Afonso Moraes fez uma pausa e respondeu: "...Pode ser."

"Eu também quero!"

E não é que a turma que tava dando um gelo no Afonso Moraes agora tava tudo em cima dele?

Ele deu uma levantada no olhar, mas o sorriso sumiu e o olhar era frio: "Agradeço a gentileza, mas..."

"Os medicamentos dos Moraes meu tio não usa."

Depois de falar, ele fez um aceno frio pra Beatriz Souza e foi embora.

Beatriz Souza: "..."

Não esperava por essa, ficou parada ali.

Foi quando ouviu uma voz grave: "Miguel Souza é muito orgulhoso, tua mãe o envergonhou, remédio dos Moraes ele não aceita, não."

Beatriz Souza virou e viu Rodrigo Pereira logo atrás.

Ela firmou o queixo, suspirou fundo.

Tem erro que dá pra corrigir, tem erro que não dá.

Melhor deixar quieto.

Rodrigo Pereira percebeu que ela não parecia se importar muito com a situação e, com uma leve tosse, começou a falar com calma: "Sra. Beatriz, aquelas pílulas novas..."

Beatriz Souza acenou com a mão: "Toma, é tua."

Com um sorriso malicioso, Rodrigo Pereira questionou: "Sra. Beatriz, o que você quer em troca?"

O que ela queria...

Os olhos de Beatriz Souza brilharam enquanto olhava para ele: "Tudo o que eu quiser, você me dá?"

Aquele olhar intenso estava de volta.

Rodrigo Pereira sussurrou um "hmm"baixo, com uma voz que era pura sedução.

Vicente, ao longe, pensava: "Meu chefe, não dá para acreditar nisso!"

Plim.

O celular dele vibrou, e ao olhar para baixo, viu a foto da filha de Beatriz, que ele tinha mandado investigar, chegando em sua tela.