Inversão de Amor: Conquistar o CEO romance Capítulo 67

O Dr. Barros manteve a expressão serena: "O Dr. Francisco."

Marco Souza estava pronto para mandar alguém chamá-lo.

Mas o Dr. Barros o impediu: "Ele já está velho, perdeu um pouco da lucidez e não pode sair da cama. No entanto, eu ouvi que ele treinou um discípulo direto, que aprendeu tudo o que ele sabia. O problema é que essa pessoa é muito misteriosa, ninguém sabe do seu paradeiro."

O semblante de Marco Souza se contraiu em preocupação, e seus olhos se fixaram em Miguel, que jazia na cama.

Após um momento de reflexão, Dr. Barros falou novamente: "Como disse, podemos manter o senhor Souza vivo, mas você tem que ou reacender a esperança nele ou encontrar o discípulo direto do Dr. Francisco."

Marco Souza assentiu, e um brilho severo passou por seus olhos amendoados: "Então, Dr. Barros, faça o que for preciso para meu tio acordar logo."

"Certo."

O Dr. Barros retirou uma seringa do bolso e aplicou no braço esquerdo de Miguel Souza, em seguida, pegou um comprimido, esmagou-o e colocou na boca dele.

Depois do frenesi, o pulso de Miguel Souza começou a bater com mais força novamente.

Enxugando o suor da testa, o Dr. Barros disse a Marco Souza: "O senhor deve acordar amanhã. Até encontrarmos o discípulo direto do Dr. Francisco, eu mandarei a Dra. Mariana todos os dias para verificar o pulso e manter a vida dele."

Marco Souza exibiu um sorriso novamente: "Ótimo, vou pedir para o mordomo acompanhá-los até a saída."

Assim que os dois se foram.

Uma voz delicada e brincalhona irrompeu: "Mano, ele podia ter curado o pai há tempos, mas ficou aqui enrolando e ainda falou daquele Dr. Francisco. Que conversa sem pé nem cabeça!"

Marco riu ao ouvir isso.

Quando se virou, viu uma figura deslumbrante entrando. Era a filha adotiva de Miguel Souza — Ana Souza.

Miguel Souza nunca se casara, apenas havia adotado uma filha, e como os Souzas tinham apenas filhos homens, mimavam a única menina da família.

Marco falou calmamente: "Se ele conseguir curar o tio, não faz mal algum aumentar a fama dele, não é mesmo?"

Ana fez beicinho e baixou os olhos.

Todos diziam que ela era a princesa da família Souza de Imperial, mas ninguém sabia que na verdade ela tinha muito medo de Marco Souza.

Esse novo líder da família Souza, sempre sorridente, de temperamento gentil e generoso, mas Ana sentia como se houvesse sempre uma barreira entre eles...

Na entrada da família Souza.

O carro levou dez minutos para ir da mansão de Miguel Souza até o portão da propriedade.

Ao alcançar a estrada principal, Mariana Marcondes finalmente desviou o olhar.

Ela olhou ansiosa para o Dr. Barros: "Professor, a vida do senhor Miguel Souza está por um fio, nem ele mesmo quer viver. Como poderíamos salvá-lo?"

Miguel Souza não tinha ferimentos externos ou internos, e a medicina não conseguia detectar qualquer problema.

Mas os órgãos dele estavam envelhecendo lentamente...

O Dr. Barros estendeu a mão, com meio comprimido na palma: "Daqui em diante, você virá todos os dias para verificar o pulso dele, aplicará uma injeção e depois, dará a ele esse comprimido para manter a vida dele."

Mariana Marcondes exclamou, admirada: "Professor, esse comprimido é..."

O Dr. Barros suspirou profundamente: "Comprimido Sem Preocupações."

Mariana Marcondes deu uma estreitada no olhar: "Esse comprimido vale ouro, o senhor tem ciência disso?"

Dr. Barros apertou a mão dele, fechou os olhos, cujas pálpebras caídas pelo peso da idade pendiam sobre o rosto: "Manda alguém dar um jeito de comprar no Hospital Moraes sem que ninguém perceba. O Hospital Moraes se recuperou com o 'Comprimido Sem Preocupações', se a gente não causar mais um furdunço, capaz de ficar para trás!"

Mariana Marcondes logo entendeu o que Dr. Barros queria dizer.

Patrícia Ribeiro explicou: "Essa pré-escola é crème de la crème de Imperial, só estuda lá quem é filho da alta sociedade ou de gente muito influente. Nossa família nunca conseguiu vaga pra Viviane e para o Bernardo quando eram pequenos..."

Ela continuou: "Além do mais, eles são exigentes até com os pais. Ou você é um talento excepcional ou um alto escalão, e ainda tem uma porção de avaliações mirabolantes para os pais."

Beatriz Souza perguntou: "Talento excepcional, como assim?"

Patrícia Ribeiro explicou: "Pessoas com grandes feitos, ou então, se o pai ou a mãe tem um black card top de linha, já ajuda."

A vó Moraes ficou confusa: "Black card top de linha?"

Patrícia Ribeiro balançou a cabeça: "Só ouvi falar, nunca vi com meus próprios olhos."

Os olhos de Beatriz Souza brilharam por um instante.

Se tratava de um cartão de crédito preto sem limites de crédito.

No mundo inteiro, os cartões pretos só contavam com alguns poucos dígitos, e corria o boato de que essas poucas pessoas formavam uma organização secreta conhecida como Aliança Imperial.

Os membros da Aliança Imperial não eram apenas magnatas ou figurões da política, mas sim pessoas que tinham nas mãos as rédeas da economia global.

Eles eram envoltos em mistério, e um simples papo entre eles poderia desencadear uma tempestade econômica mundial. No entanto, todos usavam codinomes, de modo que mesmo dentro da organização, ninguém realmente sabia quem eram os outros.

No Brasil inteiro, o boato que corria era que quem poderia ter esse cartão preto era Rodrigo Pereira, e por isso todos tratavam ele com o maior respeito.

Quem tivesse esse cartão poderia comprar aquele jardim de infância sem pensar duas vezes, sem nenhum tipo de restrição.

Beatriz Souza sorriu de canto, prestes a dizer algo, quando seu celular começou a tocar.

Ao ver a anotação na tela, ela ficou ligeiramente surpresa.

Por que será que estavam ligando justo agora?