Inversão de Amor: Conquistar o CEO romance Capítulo 671

Quando Adalberto abriu os olhos, ainda estava um pouco confuso e perplexo, afinal, antes de desmaiar, sua última lembrança era de que estava prestes a morrer.

Seria este o céu?

A intensa luz branca o fez demorar um pouco para se adaptar, até que finalmente percebeu que estava em um quarto de hospital. Após seus sentidos regressarem completamente, ele subitamente estremeceu e, lentamente, virou a cabeça, avistando Beatriz sentada num sofá ao lado, observando-o preguiçosamente.

A garota tinha os olhos ligeiramente abaixados, emanando uma aura como se desafiasse o mundo inteiro.

Era curioso como algumas pessoas, sem fazer nada de especial, conseguiam impor uma presença tão forte. Naquele momento, Beatriz parecia irradiar algo que exercia uma pressão tangível sobre ele.

Adalberto engoliu em seco, notando sua garganta extremamente seca, mas sequer ousou pedir que Beatriz lhe trouxesse um copo d'água.

Ele moveu os lábios, demorando um pouco até finalmente conseguir falar com uma voz que parecia rasgar sua garganta: "Foi você quem me salvou?"

Foi só então que Beatriz o olhou e acenou com a cabeça.

Ela pressionou um botão ao lado da cama e logo uma cuidadora entrou, primeiro umedecendo seus lábios com um cotonete e, em seguida, dando-lhe de beber.

Após cerca de meia hora, Beatriz, já impaciente e até sonolenta, viu a cuidadora cessar seu trabalho e sair silenciosamente do quarto.

Observando a saída dela, Beatriz considerou que aquela cuidadora era muito perceptiva, digna de ser uma das principais auxiliares da família Pereira.

Então, ela se levantou, esticando-se preguiçosamente, e focou sua atenção em Adalberto: "Eu tive gêmeos ou trigêmeos?"

Adalberto a olhou, permanecendo em silêncio por um longo tempo, até finalmente dizer: "Gêmeos."

Beatriz baixou os olhos. "Eu vou perguntar mais uma vez, são gêmeos ou trigêmeos?"

Adalberto estava prestes a falar, mas Beatriz interrompeu: "Você já traiu minha mãe uma vez. Não vai me trair agora, vai? Se me trair desta vez, não serei tão leniente."

Adalberto hesitou, engolindo em seco: "Mesmo que você me mate, o que você teve foram gêmeos."

Ao ouvir isso, Beatriz se aproximou dele, questionando: "O médico que fez o meu parto foi trazido de volta."

Adalberto ficou atônito. "Como é possível?! Ele já morreu!"

...

O quarto ficou em silêncio por um momento.

Depois de um tempo, Adalberto percebeu o erro em suas palavras, apertou os lábios e virou a cabeça, recusando-se a falar mais.

Sua expressão carregava uma resolução de quem enfrenta a morte.

Com a voz rouca, ele disse: "Sra. Beatriz, quando traí a senhorita sua mãe, foi porque uma organização misteriosa ameaçou minha família. Mas, depois, minha família acabou morrendo de câncer... Agora, não tenho mais ninguém, e viver com essa culpa é um tormento para mim. Então, se a senhora não confiar em mim, pode me matar e acabar com minha vida."

Adalberto realmente não temia mais a morte.

Todos os seus entes queridos se foram, deixando-o sozinho. Trair Felipa o fez se sentir um lixo.

O motivo pelo qual ainda vivia era para se punir com a vida.

Para ele, a morte seria, de fato, um alívio.

Ele fechou os olhos.

Passado um momento, um suspiro baixo ecoou pelo quarto.

A voz de Beatriz, preguiçosa e rouca, carregava um charme único, acalmando o coração.

Ela finalmente falou: "Naquela época, a organização misteriosa usou seu filho como ameaça, certo?"

Adalberto concordou com um aceno de cabeça quase imperceptível.

Beatriz continuou: "Então, você traiu minha mãe, e ela, eu ouvi dizer que foi para me proteger que ela se expôs, acabando por ser assassinada pela organização misteriosa, não é?"