Inversão de Amor: Conquistar o CEO romance Capítulo 71

Beatriz ouviu isso e seus olhos amendoados cintilaram, ela arqueou uma sobrancelha: "Por que você diz isso?"

Marcela Carvalho já estava claramente irritada quando começou a falar, mas sua voz ainda era suave: "Meu tio soube que eu ia fazer um estágio em Imperial, veio correndo até a nossa casa hoje, pedindo para mim e para minha mãe pedirmos dinheiro a você! E disse que, se você não desse, não ia deixar barato! Que família trata a própria filha assim?"

Beatriz Souza riu baixinho: "Você vai para Imperial?"

Marcela Carvalho falou com um tom de desapontamento: "É... eu e a Cláudia vamos para a Imperial, eu... para estagiar, e a Cláudia quer tentar entrar no mestrado da Universidade de Medicina de Imperial. Eu te liguei... era para contar isso."

Ela estava preocupada que Cláudia Souza chegando em Imperial fosse causar problemas para Beatriz, certo?

Beatriz Souza, porém, não se preocupou muito, apenas comentou displicentemente: "Precisa que eu arranje um lugar para você ficar?"

"Não precisa, já reservei um hotel."

Beatriz Souza não insistiu: "Tá bom."

Com o horário da entrevista se aproximando, ela não falou mais nada, apenas lembrou Marcela de procurá-la se precisasse de alguma coisa. Após desligar o telefone, seu rosto se fechou, seus olhos amendoados se abaixaram levemente, revelando uma emoção indecifrável.

Omar Souza a tratava mal porque, desde que a madrasta chegou e ela começou a ganhar peso, de fato parecia vergonhoso levá-la para passear, certo?

No entanto, aquela frase de Marcela Carvalho, "Eu suspeito que você não é filha do meu tio", continuava a brilhar em sua mente.

Parecia que ela precisaria encontrar uma oportunidade para fazer um exame de DNA.

Bernardo Moraes se aproximou dela, vestido com um conjunto esportivo preto e calçando tênis brancos de edição limitada. Seu cabelo curto estava desalinhado e ele olhou para ela com seus olhos amendoados, iguais aos dela, e perguntou impaciente: "Vamos ou não?"

Beatriz Souza, segurando a mão de Bella, o seguiu lentamente. Seus passos preguiçosos transmitiam uma sensação de displicência.

Eles foram até a garagem e encontraram um carro esporte amarelo chamativo estacionado lá – uma Ferrari!

Beatriz Souza arqueou as sobrancelhas e assobiou instintivamente.

Nos últimos dias com a família Moraes, ela já tinha entendido a situação deles.

A família Moraes estava em declínio há mais de vinte anos, e o faturamento mensal do Hospital Moraes balançava em torno de dez milhões, o que realmente não era nada perto das grandes corporações que lidavam com bilhões.

E os carros que a família Moraes usava geralmente custavam entre dois e três milhões.

Mas o carro esporte de Bernardo era de edição limitada, valia tanto quanto uma vila.

Como Afonso e Patrícia não eram do tipo que mimava demais os filhos, aquele carro definitivamente não era um presente deles, e a família Moraes também não tinha tanto dinheiro...

Então, esse irmão discreto era realmente o magnata escondido da família Moraes, certo?

"Que legal!"

Bella andou ao redor do carro esporte, tocando os faróis com suas mãozinhas, e olhou para Beatriz Souza: "Mamãe, quando eu crescer, também quero comprar um carro esporte! Tem que ser rosa!"

Beatriz sorriu e disse casualmente: "Claro."

Bernardo viu mãe e filha, uma falando e a outra respondendo, e não pôde evitar dar uma risada sarcástica.

Ele se sentou no banco do motorista com um movimento elegante e disse: "Entra."

Beatriz Souza estava um tanto perplexa: "...você vai nos levar nesse carro?"

Bernardo Moraes franziu a testa, impaciente: "Sobe logo, por que tanto blá-blá-blá?"

Como ele poderia impressionar aquela turma da escola sem esse carro?

Foi Patrícia Ribeiro quem o chamou de volta, só para pedir emprestado o veículo.

Era seu xodó.

Até Viviane, que sempre queria dar uma volta, não podia.

Virando-se, ele viu Beatriz Souza e Bella Souza recuando em uníssono, dizendo em coro:

"De jeito nenhum!"