Inversão de Amor: Conquistar o CEO romance Capítulo 715

Clarice estava visivelmente nervosa, mesmo tentando manter uma aparência calma; os dedos firmemente entrelaçados e as pupilas dilatadas denunciavam seu estado emocional.

Rodrigo lançou um olhar para o número desconhecido no visor e lembrou-a: "Seu telefone."

"Ah? Ah, deve ser telemarketing."

Assim falou Clarice, desligando a chamada mais uma vez e, como se temesse outra ligação, desligou o celular, cobrindo um sorriso forçado ao dizer: "Que chato, essas ligações de telemarketing são demais, e nós tentando ter um almoço tranquilo."

Rodrigo, percebendo sua atitude, concordou com um aceno de cabeça.

Beatriz e Rodrigo trocaram olhares, ambos optando por não desmascarar sua farsa.

Ao longo do almoço, apesar dos esforços de Clarice em parecer animada e feliz, ambos perceberam seu ocasional desinteresse.

Afinal, Beatriz e Rodrigo possuíam uma percepção e observação além do comum.

Depois do almoço, eles se despediram de Clarice.

Antes de partirem, Beatriz lançou um último olhar a Clarice, sondando: "Nos vemos na exposição de orquídeas amanhã?"

Clarice hesitou, claramente afetada pela ligação.

Mas ela levantou a cabeça após apenas um segundo, com firmeza: "Sim."

Sua determinação era evidente.

Ela estava apostando alto; se Beatriz conseguisse salvar aquela orquídea fantasma, ela revelaria a verdade. Caso contrário, levaria o segredo consigo para o túmulo, poupando os filhos de mais preocupações.

Vendo sua resolução, Beatriz e Rodrigo trocaram olhares e partiram novamente.

No carro, com Rodrigo ao volante, Beatriz manipulou seu celular para ocultar o número e digitou a sequência que havia memorizado do telefone de Clarice.

Sua memória era notável; bastou um breve olhar para reter o número.

Então, passou o celular para Rodrigo.

Sem hesitar, ele discou.

A ligação foi rapidamente atendida, com uma voz masculina indagando: "Alô?"

Rodrigo, decidido, perguntou: "Quem é você?"

Houve um breve silêncio, seguido por uma risada baixa, antes da linha ser desligada.

Rodrigo ficou atônito.

Subitamente, lembrou-se do que Cauê havia dito: Clarice estava tendo um caso.

Ele franziu a testa em preocupação.

Beatriz, por sua vez, franziu a testa: "O outro lado controlou o tempo da ligação para exatos 15 segundos, me impedindo de rastrear o endereço."

Rodrigo respirou fundo: "Deixa pra lá."

Beatriz olhou para ele.

Rodrigo falou: "Não vamos mais perguntar, vamos esperar que ela nos diga a verdade."

Ele decidiu não investigar mais.

De repente percebeu que, ao buscar a verdade, sempre haveria alguém tentando sabotar, gerando mal-entendidos desnecessários.

Beatriz compreendeu seu ponto de vista e mostrou apoio com um aceno de cabeça: "É assim que deve ser, somos todos família, não há necessidade de suspeitas. Além do mais, não vi sua mãe mudar de ideia por causa daquela ligação."

Rodrigo assentiu.

A personalidade de Clarice era tudo, menos fraca.

Beatriz falou baixinho: “Ela adicionou um ingrediente a mais na sua receita, um ingrediente muito forte, que pode fazer a orquídea parecer revigorada num curto período de tempo. Mas, após um tempo, problemas maiores surgirão, como um ser humano tendo seu último brilho de vida. Calculando o tempo, o remédio que ela usou na orquídea fantasma ontem, em meia hora, fará com que a orquídea murche. Usar remédio em plantas tem muitas restrições, quem não é especialista realmente não deveria tentar tratar assim.”

Clarice ficou atônita e não pode deixar de dizer: “Orquídea sempre dizia isso, para que as pessoas não tentassem imitá-la, mas você não está tentando imitar Orquídea também?”

Ouvindo isso, Beatriz arqueou as sobrancelhas, de repente sorrindo de canto: “Quem disse que estou imitando Orquídea?”

Clarice: ???

Ela parecia ter percebido algo, olhando para Beatriz com espanto.

Será que Beatriz era Orquídea!?

Justo quando ela estava prestes a falar, Vânia se aproximou, sorrindo: “Clarice, você veio! Você trouxe alguma orquídea hoje?”

Clarice imediatamente desviou seu olhar complexo de Beatriz para Vânia: “Não.”

“Não?”

Vânia estava extremamente surpresa: “Meu convite dizia para todos que viessem à exposição trazerem uma orquídea de que gostassem, assim, poderíamos apreciar as flores uns dos outros.”

Após dizer isso, Vânia suspirou: “Clarice, você não estaria relutante, estaria? Ouvi dizer que você tem escondido muitas orquídeas raras por anos! Organizei esta exposição de orquídeas justamente para reunir aqueles que amam orquídeas, para que possamos compartilhar nossa alegria. Na verdade, essa exposição já deveria ter sido realizada há tempos, por que manter tudo escondido? Todos nós amamos orquídeas e não vamos danificá-las, não é? Clarice, você está sendo demasiado cautelosa.”

Embora dissesse que Clarice estava sendo cautelosa, o subtexto era que ela estava sendo mesquinha, destacando a generosidade e habilidade de Vânia.

Gradualmente, um grupo de pessoas influentes se aproximou, todos olhando para Clarice.

Clarice, no entanto, riu com desdém.

Competir em eloquência com ela?

Ela definitivamente não era alguém que aceitava ser subestimada facilmente!