Inversão de Amor: Conquistar o CEO romance Capítulo 756

A movimentação de Beatriz acabou despertando Rodrigo também.

Com a voz clara, ele perguntou: "O que aconteceu?"

Não parecia que estava dormindo.

Beatriz não deu atenção a isso, levantou-se imediatamente e correu para o escritório. Em seguida, colocou seus fones de ouvido, pelos quais soava o testamento deixado por sua mãe.

Ela pegou papel e caneta, ouvindo atentamente.

Após um momento, de repente, Beatriz olhou para Rodrigo e perguntou: "Você tem sensibilidade musical?"

Rodrigo hesitou um pouco: "Mais ou menos."

"Então vem você!"

Beatriz se levantou, fez com que Rodrigo se sentasse onde ela estava, e lhe entregou os dois fones de ouvido: "Escute, preste atenção no som de fundo da fala, tem um metrônomo lá, me ajude a anotar o intervalo entre as batidas."

Rodrigo não entendeu o que ela queria, mas seguiu sua orientação, franzindo a testa, ouvindo atentamente aquele fundo.

Após escrever algumas linhas, Rodrigo entendeu.

Aquilo não era um metrônomo, as batidas eram de alguém batendo numa mesa, criando aquele som de fundo.

Se não escutasse com atenção, poderia pensar que todas as batidas eram corretas, mas só ouvindo com cuidado é que se percebem as sutis diferenças.

E, após anotar os intervalos entre as batidas, Rodrigo levantou a cabeça e falou: "Isso é código Morse."

"Exatamente!"

Beatriz pegou o papel e começou a decifrar o conteúdo, explicando enquanto lia: "Eu não sou sensível à música, então raramente toco instrumentos, e nessa gravação que minha mãe deixou, as batidas eram tão rítmicas, o som tão baixo, que eu sempre pensei que fosse um metrônomo ou o som de um relógio."

Na verdade, ela já havia notado algo naquelas sonoridades antes, mas antes que pudesse entender o que era, foi distraída por outra coisa, e quando voltou a tentar encontrar a diferença, não conseguiu mais.

Ela era completamente desafinada, cantava fora do tom, por isso, por tantos anos, passou despercebida por essa descoberta.

Foi apenas hoje, com Rodrigo analisando um áudio enviado por Clarice, mencionando o som de um relógio ao fundo, que ela teve alguma inspiração.

Agora, finalmente, ela tinha entendido.

Rodrigo ao lado ficou em silêncio.

Ele arqueou uma sobrancelha, finalmente conhecendo uma das fraquezas de Beatriz.

Aproximou-se dela, segurou seus ombros e, de repente, falou: "Eu te ajudei, mereço uma recompensa?"

Beatriz estava totalmente focada no código Morse e respondeu sem pensar: "Recompensa? O quê?"

"Hmm, que tal me cantar uma música?"

Beatriz: "…"

Ela se conteve para não revirar os olhos, virou-se de costas para ele e continuou a se concentrar no código Morse.

Rodrigo se aproximou, sentando-se ao lado dela.

Cinco minutos depois, Beatriz massageou a testa.

Rodrigo falou: "Não consegue decifrar com o código Morse padrão?"

Existia um livro de códigos universal para o código Morse.

Beatriz assentiu, e perguntou: "Como você sabia?"

Rodrigo suspirou: "Se a evidência que sua mãe deixou pudesse ser facilmente decifrada por alguém, não teria permanecido um mistério por tantos anos. Portanto, esse segredo só poderia ser descoberto por você. Logo, eu concluí que o código Morse estava cifrado. Em outras palavras, sua mãe tinha seu próprio livro de códigos."

Beatriz concordou.

Colocou o papel de lado, um tanto desanimada.

Finalmente tinha descoberto o segredo, pensando que as pistas sobre o V16 logo viriam à tona, mas não esperava que ainda houvesse enigmas dentro de enigmas!

O livro de códigos da mãe...

Ela torceu o canto da boca: "Na biblioteca da minha mãe, há tantos livros, como vou saber qual é?"

Ademais, sua mãe sempre gostou de ler.

Até mesmo na casa deles em Cidade Luminosa, havia muitos livros.

Cidade Luminosa...

Beatriz tomou uma decisão imediata: "Amanhã, vou voltar à Cidade Luminosa."

Rodrigo concordou.

Naquela noite, Beatriz rolou na cama, incapaz de pegar no sono.

No dia seguinte, assim que amanheceu, ela se levantou e ao sair de casa, encontrou os três pequenos se preparando para tomar café da manhã, antes de ir para a escola.