Irresistível! Armadilha Sedutora do Ex-Tio! romance Capítulo 395

Isabella estava na sala de estar, vendo, impotente, o homem entrar no quarto principal.

Ela ficou na porta, esperando ouvir algo, mas tudo estava completamente silencioso.

Preocupada, sentou-se no sofá e esperou. Dez minutos depois, o homem de jaleco branco finalmente saiu. Ela rapidamente foi ao seu encontro.

"Como o J está?"

O homem tinha olhos ligeiramente puxados e uma presença imponente.

"Não se preocupe, isso acontece com frequência. Depois de tomar os remédios, ele melhora."

Isso acontece com frequência?

Não era de se admirar que, às vezes, ele agisse de maneira tão obsessiva e extrema.

Ela olhou para a maleta que o homem carregava, cheia de remédios controlados, provavelmente para tratar distúrbios psicológicos.

"Esses remédios não têm efeitos colaterais? Algo que possa deixá-lo ainda mais inquieto?"

O homem arqueou ligeiramente a sobrancelha e sorriu."O que o inquieta nunca são os efeitos colaterais, Sra. Braga. Você não percebe? Você é o melhor remédio para ele."

Isabella ficou em silêncio, ciente de que J tinha grandes expectativas em relação a ela. Mas ela não conseguia corresponder a essas expectativas, e isso o deixava ainda mais atormentado.

Ela massageou a testa, sentindo-se um pouco desanimada.

"Você é médico? Talvez você possa fazer algo pela minha amnésia. Se eu recuperar minhas lembranças, talvez entenda por que ele está tão inquieto."

"Se você se lembrar, ainda haverá espaço para ele em seus pensamentos? É isso que o deixa ansioso. Quando você está lúcida, nunca o vê."

Isabella achava que sua amnésia era a causa da inquietação de J, mas na verdade, o que o atormentava era o medo de que ela se lembrasse.

Se isso acontecesse, o sonho que viviam desmoronaria como vidro estilhaçado.

"Eu..."

Por um momento, ela não soube o que dizer, mas ouviu o homem dizer calmamente: "Agora que ele tomou o remédio e já está descansando, Sra. Braga. Vá ficar com ele."

Isabella fez um gesto educado ao acompanhá-lo até a porta e só então abriu a porta do quarto principal.

Dentro, tudo estava escuro e silencioso. J parecia já ter se acostumado a viver na penumbra.

Ela tateou pelo caminho até a cama e se enfiou debaixo das cobertas.

Sua mão se estendeu sob os lençóis até encontrar a dele e, logo depois, sentiu a pulseira de conchinhas.

"Certo... eu não deveria ter ficado brava. Podemos deixar o assunto do casamento para quando eu estiver menos ocupada, tudo bem?"

Ela tentou amenizar a situação—já estava cedendo um pouco.

A mão dele se moveu lentamente e envolveu a dela sem uma palavra.

Isabella virou-se um pouco, chegando mais perto.