Irresistível! Armadilha Sedutora do Ex-Tio! romance Capítulo 451

O gesto de prender o broche aproximou os dois ainda mais, e embora ela estivesse tentando manter uma distância educada, no momento em que se inclinou, percebeu Jackson recuar sutilmente.

Ela rapidamente ajustou o broche e se endireitou.

"Diretor Neves, vamos comer. Imagino que você também esteja com fome."

Jackson observou-a limpar os talheres, depois levantou a mão lentamente e tocou o broche, que ainda guardava o calor dela.

"Sim."

Seu humor suavizou visivelmente, e Isabella também soltou um suspiro discreto de alívio.

Estava prestes a dizer algo quando, do lado de fora, a voz de Inês ecoou.

Hoje, ela havia escolhido este local de propósito para assistir ao espetáculo.

No camarote ao lado.

Humberto estava lá para encontrar um parceiro de negócios importante, mas foi surpreendido pela entrada abrupta de Inês.

Havia outros membros da Família Lima presentes, e Inês simplesmente empurrou a porta do camarote.

"Diretor Lima, meu namorado é filho ilegítimo da Família Lima, ou seja, seu meio-irmão. Por que ele não pode ter uma parte das ações da empresa? Ele tem direito à herança tanto quanto você. Por que precisa viver nas sombras? Ele é bom demais para brigar por isso, mas eu não sou. Agora que todos estão aqui, quero uma explicação."

Na Família Campos, Inês nunca foi muito favorecida, mas ela já havia encontrado Humberto várias vezes e achava que ele, por consideração a Wilton, lhe daria algum respeito.

Mas Humberto apenas pegou o isqueiro, acendeu uma chama com um "clique" e, em seguida, a apagou, mantendo um sorriso enigmático nos lábios.

O estômago de Inês se revirou na hora, e o silêncio no camarote a fazia parecer uma palhaça no picadeiro.

"Diretor Lima... Humbert... , você conhece meu irmão. Não quero ser direta demais para não prejudicar sua relação com ele."

Isabella, ao ouvir isso, teve vontade de entrar na cabeça de Inês para entender como ela podia ser tão burra.

Ela havia pedido ao garçom para deixar uma pequena fresta na porta do seu camarote, apenas para poder escutar melhor.

Estava tão concentrada que não percebeu o olhar de Jackson fixo em seu rosto.

Ela apoiou o queixo na mão, franziu a testa por um instante e depois relaxou.

Se fosse Humberto, provavelmente mandaria jogar essa idiota da Inês para fora e resolveria logo a questão do filho ilegítimo da família.

Mas então, ouviu Humberto perguntar calmamente: "Quem mandou você vir?"

Um tolo desses jamais viria sozinho.

O rosto de Inês pegou fogo na hora, sentindo-se profundamente humilhada.

Humberto não a considerava nem um pouco.

Num piscar de olhos, restaram apenas os seguranças de Humberto e a estúpida Inês no camarote.

Humberto se encostou na cadeira, acendeu um cigarro e soltou a fumaça lentamente, exibindo uma postura dominante.

Ele tinha uma aura de chefão implacável, como se ninguém pudesse enfrentá-lo por muito tempo.

Inês sentiu um calafrio subir pela espinha. Nunca tinha visto Humberto daquele jeito. Mesmo sem ele dizer nada sobre o que faria com ela, o medo tomou conta dela.

Isabella percebeu o que estava acontecendo e sentiu o coração disparar.

Ela subestimou gravemente a sagacidade de Humberto. Se fosse Wilton, ele teria se livrado da intrusa primeiro e só depois lidado com o filho ilegítimo.

Mas Humberto, mais frio e calculista, estava mais interessado em descobrir quem estava manipulando tudo nos bastidores.

O número desconhecido que ela usou era um dos que Vicente conseguiu anos atrás, mas como estava registrado no Brasil, certamente haveria um nome vinculado a ele.

Ela havia cometido um erro grave ao ignorar esse detalhe.

O rosto de Isabella empalideceu ligeiramente. Respirou fundo, recompôs-se e, ao virar a cabeça, encontrou o olhar de Jackson.

Ela achou que ele ia desviar o olhar, mas ele não o fez, encarando-a fixamente.

"Você está nervosa?"