Irresistível! Armadilha Sedutora do Ex-Tio! romance Capítulo 512

Yeda fora cremada e enterrada às pressas durante a madrugada. Luan colocou junto o dente de cachorro, talvez para aliviar um pouco o peso da culpa em seu coração.

Isabella foi ao cemitério, deu uma volta e depositou as flores recém-compradas sobre a lápide, que tinha apenas uma foto. Logo, já se preparava para ir embora.

Luan, sentado ao lado, fumava um cigarro. Pensou por alguns segundos antes de dizer: "Mana, eu queria falar mais algumas coisas com você."

A ligação de Vicente lhe dera coragem por um instante, mas, diante da lápide de Yeda e sob o olhar de Isabella, aquela força logo se esvaiu.

Agora ele era exatamente o tipo de pessoa que a mana mais desprezava. E se dissesse que havia algo de errado com Yara? Será que ela acreditaria ou pensaria que ele estava inventando coisas?

Isabella já não confiava nele e aquele pouco de confiança talvez desaparecesse de vez.

Ele abaixou os olhos e deu uma tragada profunda, em silêncio.

"Você não é da Família Braga. Quando fui falar com o Sr. doutor, vi a lápide verdadeira da minha irmã. Naquele ano, quando meu pai levou minha irmã pro interior, quem voltou foi você. Eu não sei o que aconteceu nesse meio tempo. Meu pai já morreu. Eu tentei sondar a mãe, mas ela não sabe disso. Resolvi esconder dela. Quero te ajudar a recuperar a memória, pra que saiba quem você é de verdade."

Isabella continuou a descer pelo caminho, respondendo apenas com um "Uhum".

Luan sentiu um aperto no peito ao ver a frieza dela.

Era isso. Ela realmente o detestava.

No fim, não teve coragem de falar sobre Yara, temendo perder até o último resquício de consideração.

Afinal, tudo não passava de uma suspeita sua.

Só depois que Isabella partiu, ele ficou olhando para a lápide de Yeda, sem dizer nada.

Os bitucas de cigarro se acumulavam ao chão. Luan só tinha vinte anos, mas se sentia velho, sem vontade ou paixão pela vida.

Isabella entrou no carro e foi embora sem hesitar.

A ideia de não pertencer à Família Braga já havia lhe passado pela cabeça há tempos. Afinal, Susana sempre a tratara muito mal e Xisto tinha um comportamento ambíguo.

Ele não era completamente indiferente, mas vivia em conflito: parecia querer que ela se saísse bem, mas não tão bem assim.

O cuidado dele não era falso, mas estava cheio de sentimentos contraditórios.

Agora, com as palavras de Luan, tudo fazia sentido. Ela realmente não era uma Braga. Mas então... quem era?

Ela seguiu direto para o Grupo Braga e chamou Vicente para conversar.

"Você já sabia que eu não sou da Família Braga?"

"Diretora Braga, na verdade, o sobrenome não importa. Você já fez uma revolução aqui. Todos te apoiam, ninguém se importa de verdade quem você é."

O que ele queria dizer era claro: se ela quisesse, a empresa seria dela, sempre.

Isabella fitou Vicente por alguns segundos, séria. "Meu pai nunca te contou nada sobre isso?"

Se Xisto planejara tudo, será que nunca confiara nada ao braço direito?

Vicente abaixou os olhos, calmo: "Nunca. O velho Diretor Braga sempre te tratou como filha de sangue. Você sentiu o cuidado dele, não sentiu?"

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