Irresistível! Armadilha Sedutora do Ex-Tio! romance Capítulo 99

Isabella estava tão nervosa que suas palmas estavam suadas, e ela chegou a pensar que talvez não veria o sol nascer no dia seguinte.

Cada segundo que passava era uma tortura, e ela nunca havia sentido o tempo se arrastar tanto, até ouvir um barulho do lado de fora.

"Isabella! Isabella, você está bem?"

Era a voz de Mário.

Isabella nunca achou a voz de Mário tão melodiosa. Ela e Jackson não diziam uma palavra há vinte minutos, e o silêncio era estranho.

Ela respondeu apressadamente, "Estou bem, quando vamos sair daqui?"

Mário tinha tentado alcançar Isabella e Jackson, mas não esperava que o elevador em que estavam fosse dar problema.

Ele começou a acreditar que Isabella realmente podia estar sem memória, caso contrário, por que ela se aproximaria de Jackson?

Antes, Isabella evitava Jackson a todo custo. Dois anos atrás, foi por insistência de Mário que Isabella se aproximou de Jackson, e acabou que a perna de Jackson se machucou.

Mário estava preocupado e gritou para dentro do elevador.

"Tio, a Isabella sofreu um acidente de carro e esqueceu muitas coisas, por favor não leve a mal, você sabe que ela nem sempre pensa direito."

Isabella até ficou aliviada ao ouvir a voz de Mário, mas depois disso, desejou que ele ficasse mudo.

Mas Mário continuou.

"Tio, se Isabella fez algo que te ofendeu, por favor, releve por minha causa."

Isabella estava extremamente envergonhada. De toda Cidade Brilhante, ninguém se atreveria a sentar no colo de Jackson e beijá-lo.

Seu rosto ficou vermelho de tanto constrangimento.

Mário bateu novamente na porta do elevador.

"Isabella, você está me ouvindo? Não faça nada imprudente na frente do tio."

Isabella respirou fundo, seu entusiasmo desapareceu.

"Fique quieto!"

Ela teria preferido não falar, mas ao usar um tom tão rude, Mário ficou ainda mais preocupado e gritou para os técnicos de resgate ao lado.

"Rápido! Por que estão parados?!"

Isabella achou o clima dentro do elevador insuportavelmente estranho, mas não tinha coragem de falar com Jackson.

Os dedos de Jackson batiam suavemente no braço da cadeira de rodas, e para Isabella, aquele som parecia uma melodia fúnebre, cada batida ecoando em seu coração.

Ela respirou fundo e secou discretamente o suor das palmas das mãos.

Finalmente, as portas do elevador se abriram, e até o gerente da LUA ETERNA estava lá, enxugando o suor da testa ao ver Jackson.

"Diretor Neves, realmente pedimos desculpas."

Jackson não disse nada, apenas lançou um olhar para Isabella.

Isabella tinha a tarefa de levar Jackson de volta, então não ousou fugir.

Hesitante, ela foi até a parte de trás da cadeira de rodas dele e deu um empurrãozinho para ver se ele não se opunha, só então relaxou.

Assim que saíram do elevador, Mário correu para ela, virou seu corpo para examinar se estava inteira, e então a aconselhou: "Você sempre evitou o tio, e hoje aceitou ficar no mesmo elevador que ele, Bella, você perdeu a memória mesmo?"

Isabella sentiu que Mário não sabia quando parar.

"Ela te obrigou a dormir com ela? Mário, você não tem nem um pouco de responsabilidade? O filho que ela carrega é seu."

Mário sentiu uma onda de vergonha, mas não queria soltá-la.

"Você não está nem um pouco triste?"

Os dois estavam tão próximos que, do ponto de vista de Jackson, pareciam estar abraçados.

Ele desviou o olhar e, quando o gerente o empurrou para fora, fez um leve gesto com a mão.

"Volte ao trabalho."

O gerente já estava sob muita pressão, normalmente nem tinha coragem de falar com Jackson, e hoje sentia como se carregasse uma montanha nas costas, suava frio a cada passo que dava.

Ao ouvir essas palavras, sentiu-se aliviado.

"Certo, Diretor Neves, tenha um bom caminho."

Ele se curvou enquanto recuava, e só quando entrou novamente no saguão ousou endireitar a coluna.

A cadeira de rodas de Jackson parou ao lado de um carro preto, cuja porta foi aberta por Humberto.

Humberto era uma figura extravagante, com a camisa sempre desabotoada até o peito.

Mas ele tratava Jackson com extremo cuidado.

Ele abaixou o suporte do carro, colocou a cadeira de rodas no lugar, e então olhou para dentro do saguão.

De seu ângulo, podia ver Isabella e Mário juntos, soltou um riso frio e não disse nada.

Ele entrou no carro e bateu à porta com força.