Jogos de Amor: a escolha melhor romance Capítulo 167

O carro parou perto da farmácia ao lado do hospital, e Ricardo Gomes desceu para comprar uma pomada. Pérola Farias aguardava no veículo. De repente, um som agudo de "brrrr" cortou o ar, como se alguém tivesse freado bruscamente. Pérola Farias olhou na direção de onde vinha o som, mas estava longe demais para distinguir qualquer coisa. Provavelmente, um acidente de carro. Quando Ricardo Gomes retornou, eles seguiram viagem, passando pela rua do acidente. No entanto, devido à multidão que se aglomerava e à velocidade com que Ricardo dirigia, Pérola mal conseguiu ver alguma coisa.

Ao chegarem em casa, a primeira coisa que Ricardo fez foi aplicar a pomada em Pérola. Na região do lombo, sem alguém para ajudar, seria difícil ela fazer sozinha. Ricardo sussurrou: "Não precisa se preocupar, sou muito bom em tratar ferimentos, quase tão bom quanto um cirurgião." Pérola se lembrou de algo que Raul Castro havia mencionado antes. Ricardo foi abandonado pela família Gomes logo após o nascimento, tendo passado sua infância em condições precárias, enfrentando humilhações. Apesar de ter ingressado na academia de polícia mais tarde... Ele certamente deve ter se machucado bastante, não? De onde mais ele teria aprendido a tratar feridas com tanta habilidade?

Pérola sentiu uma onda de emoção. Ricardo era tão bom para ela, e ela não sabia como retribuir. Logo após a aplicação da pomada, Pérola virou-se e o abraçou forte. Ela envolveu o pescoço de Ricardo com os braços e aproximou seus lábios dos dele, num beijo tímido e desajeitado, quente e hesitante. Ricardo olhou para ela com uma intensidade sombria, engolindo em seco, cada palavra carregada de um aviso quase incontido: "Pérola Farias, você sabe o que está fazendo?" Pérola afirmou com a cabeça, bagunçando os cabelos escuros de Ricardo com as mãos. O que ela estava fazendo? Preparando-se para entregar-se, é claro! Ela sabia que ele queria tocá-la desde que estavam no carro. O beijo desajeitado de Pérola provocava uma corda sensível em sua mente, quebrando sua racionalidade instantaneamente.

Ele não pretendia tocar Pérola aquela noite. Primeiro, porque ela estava machucada e segundo, porque depois de uma noite tão tumultuada, eles ainda não haviam jantado. Mas com ela tão próxima e se oferecendo... Ricardo a beijou de volta, dominador e possessivo, pressionando-a contra o sofá da sala: "Sra. Gomes, já que você está tão ansiosa... me desculpe então." Pérola logo entendeu o porquê do pedido de desculpas de Ricardo! Ela imaginou que Ricardo seria rápido, mas ele mostrou uma paciência surpreendente. Ao final de seu primeiro encontro, Pérola já se arrependia. Ela queria se entregar, mas não esperava que fosse tão intenso. Tremendo, ela mal conseguia se levantar do sofá, todo seu corpo tremia.

Ricardo não lhe deu um momento de pausa, e na segunda vez, ele a levou para a cama. Pérola estava com os olhos vermelhos, as bochechas coradas, a pele brilhando com um tom rosado e todo o seu ser parecia úmido. Desta vez, ele foi ainda mais desinibido. Quando seus beijos cobriram suas costas, Pérola involuntariamente apertou os lençóis debaixo de si. Quando a onda veio, ela se encolheu sob o impacto. Não lembrava quantas vezes foram, mas quando Ricardo finalmente a soltou, já estava quase amanhecendo. A voz de Pérola estava rouca, quase desaparecendo em meio à exaustão. Ela deitou-se na cama, fechou os olhos para dormir, mas sua mente vagava, meio nebulosa, pensando que não poderia continuar assim. Isso era indulgência demais. Ela precisava encontrar uma desculpa para dormir separada de Ricardo Gomes, pois todos os dias assim eram insustentáveis. Ele parecia incansável, e se não fosse por seus repetidos apelos para que parasse, ele até teria desejado mais.