Jogos de Amor: a escolha melhor romance Capítulo 270

A surpresa do abraço deixou Olga Barbosa paralisada por alguns segundos. Ela sentiu o leve aroma de colônia de James Pereira. Era um cheiro familiar. Há um ano, no aniversário de James Pereira, ela lhe deu um perfume com essa fragrância. Naquela época, eles ainda não haviam se divorciado. Depois de dar o presente, ela nunca o viu usar, e gradualmente Olga Barbosa esqueceu-se disso. Mais tarde, durante uma limpeza, ela descobriu que James Pereira havia guardado o perfume no fundo do armário, ainda selado, com o laço de fita intacto. Naquele momento, Olga Barbosa se sentiu profundamente triste, até chorou secretamente. Ela havia se esforçado tanto para escolher o presente perfeito, mas James Pereira o havia relegado ao esquecimento. Quão desinteressado ele poderia ser?

Agora, diante da inesperada declaração de James Pereira, Olga estava em paz. Ela não queria mais desperdiçar seu tempo com James Pereira. Quando ela o amava, nunca recebia nada em troca. O amor simplesmente foi se esvaindo gradualmente. Assim, Olga Barbosa chegou a uma conclusão: é melhor amar a si mesmo primeiro. O que ela precisava fazer era se desapegar, apesar da dor que isso pudesse causar. Mas ao dar esse passo, ela sabia que não seria tão difícil.

Olga Barbosa deu um passo para trás, saindo do abraço de James Pereira, com um vislumbre de distanciamento em seus olhos: “Eu já sei sobre Helena Cavalcanti. A polícia esteve aqui alguns dias atrás, dizendo que meu acidente não foi uma coincidência. Então, eu mesma irei processá-la com um advogado." James Pereira ficou surpreso, aparentemente não esperava essa reação tão serena de Olga Barbosa. Ela parecia estar falando de outra pessoa: “Quanto a você me amar... Desculpe, eu realmente te amei muito e queria sua reciprocidade. Mas agora, não te amo mais. James Pereira, por tudo que já vivemos, por favor, me deixe em paz."

James Pereira ficou com os olhos arregalados, o olhar cheio de dor: “Como você pode não me amar? Olga Barbosa, eu não aceito isso! Você deve me amar, você é minha!" Sem se importar que estivessem no corredor do hospital, James Pereira se inclinou e tentou beijá-la à força. Olga Barbosa tentou se esquivar instintivamente, mas James Pereira era muito forte. Ele segurou seus ombros firmemente contra a parede. Seus lábios se encontraram, e no momento em que Olga Barbosa abriu a boca, a língua dele invadiu, buscando a dela em um beijo profundo. Ele parecia querer derretê-la com sua paixão. Olga Barbosa tentou resistir, mas ele era dominador e insistente. Sentindo que ele estava indo longe demais, Olga Barbosa levantou a mão e sem hesitar, deu-lhe um tapa.

"Eu não te amo mais, não entende? Você não era tão orgulhoso antes? Agora, está aqui, implorando pelo meu amor, não acha ridículo? Você é James Pereira! Qualquer mulher gostaria de estar com você!" Olga Barbosa estava cansada dos dias solitários. Eles estavam casados há três anos, mas James Pereira mal passava tempo em casa. Sempre que ela o procurava, ou ele estava com seus amigos, ou era Helena Cavalcanti quem atendia o telefone. Era como se estivessem viúvos. Uma ou duas vezes, ela poderia tolerar, mas após três anos, ela chegou ao seu limite. Helena Cavalcanti pode ser um problema, mas James Pereira não é inocente. Ele levava Helena Cavalcanti para todos os lugares, mas onde isso deixava a sua legítima esposa? Onde estava o senso de decência de um homem casado?

James Pereira jamais imaginou que Olga Barbosa, diante de tantos olhares, ousaria levantar a mão contra ele: “É verdade, o herdeiro dos Pereira, qual mulher não desejaria? Talvez você esteja certo, mas Olga Barbosa, eu só quero você!" Já que a reputação estava arruinada, que assim fosse, James Pereira estava decidido a enfrentar as consequências de suas ações. Ele agarrou a mão de Olga Barbosa e a dirigiu para o seu próprio rosto: “Olga Barbosa, se quiser bater, bata. Me dê mais alguns golpes, se isso te fizer se sentir melhor. Eu imploro, me ame novamente!"

James Pereira nunca pensou que chegaria um dia em que se veria tão humilhado. Seus olhos brilhavam vermelhos, como os de alguém lutando desesperadamente pela última esperança. Olga Barbosa também não esperava por isso.