Jogos de Amor: a escolha melhor romance Capítulo 300

Benjamin Gomes dirigia seu jipe apressadamente até chegar em frente a um prédio abandonado e inacabado. Ao ver que ele ia descer do carro, Sheila Farias agarrou seu braço num impulso.

“A Pérola está mesmo aqui? Mas está tão escuro, estou com medo...”

A escuridão ao redor era densa, não se via nada além de breu, criando uma atmosfera sombria. O vento norte uivava, semelhante a um animal selvagem furioso, rugindo em fúria. Sheila Farias estremeceu de frio, encolhendo-se instintivamente, buscando conforto junto a Benjamin Gomes.

“E a polícia... por que não nos seguiu?”

Para evitar alarmar os suspeitos, a equipe principal não veio, apenas alguns detetives à paisana haviam chegado no carro de Benjamin Gomes. Benjamin Gomes não tinha tempo para conversas inúteis com Sheila Farias. Sua mente estava focada em salvar alguém, então ele retirou sua mão do aperto dela: “Fique no carro e não se mexa, vou lá embaixo procurá-la.”

Nesse momento, outro carro parou silenciosamente ao lado do deles. Ao reconhecer o veículo familiar, Benjamin Gomes ficou surpreso: “Tio Ricardo?”

Ricardo Gomes apenas lançou um olhar superficial a Benjamin Gomes e logo virou-se para os detetives no carro atrás deles: “Suspeito que haja bombas instaladas aqui.” Ao ouvir isso, os detetives empalideceram: “Vamos chamar um especialista em desarmamento agora!”

“Não há tempo, encontrar as pessoas é o que importa agora. Vamos nos dividir,” disse Ricardo Gomes, mergulhando na escuridão sem hesitar. Os detetives, percebendo a gravidade da situação, um deles pegou o rádio para comunicar-se com a equipe distante, enquanto os outros dois adentraram o prédio abandonado.

Benjamin Gomes também estava prestes a seguir, quando Sheila Farias, assustada, disse: “Benjamin, e se houver uma explosão? Se a bomba explodir, ninguém aqui vai sobreviver!”

O que havia acontecido? Dentro do armazém abandonado, de repente, dois tiros foram ouvidos, e os dois capangas que vigiavam ela e Sheila Farias caíram no chão, imóveis. Essa foi a primeira vez que Pérola Farias encarou a morte de frente, percebendo quão frágil pode ser a vida.

Logo após, sob seu olhar atônito, um homem escalou a janela e entrou. Ágil, ele se sentou no parapeito da janela da fábrica, com uma perna dobrada, apontando uma arma em sua direção: "Qual de vocês é Pérola Farias?" Imediatamente, Sheila Farias empurrou Pérola para frente. Então, sentindo um golpe forte na parte de trás da cabeça, Pérola Farias foi nocauteada.

Entre névoas de consciência, parecia que ela foi colocada em uma motocicleta e, em seguida, levada até ali. Agora, Pérola Farias estava amarrada pelas mãos e pés, tentou algumas vezes se libertar, mas foi em vão.

De repente, o frio de uma adaga pressionou contra seu pescoço, a sensação gelada percorreu sua pele, fazendo-a instintivamente se contrair.