Jogos de Amor: a escolha melhor romance Capítulo 32

Um homem de terno e sapatos de couro entrou cambaleando de tão bêbado, tropeçou no umbral da porta e, sem aviso, caiu em cima dela. Pérola Farias recuou alguns passos, completamente desprevenida, acabando num abraço apertado com Ricardo Gomes. Ela arregalou os olhos surpresa. O aroma de hormônios masculinos preenchia o ar, seu nariz roçava a bochecha dela, fazendo sua pele esquentar levemente. A porta atrás deles fechou-se com um "clack", bloqueando a luz do corredor que entrava. No espaço escuro, tudo que se ouvia era a respiração pesada do homem e o leve roçar de seu nariz na bochecha dela. Pérola Farias virou levemente o rosto, mas seus lábios acidentalmente deslizaram pela bochecha do homem.

Ela sentiu um choque elétrico percorrer seu corpo, e seu coração batia como um tambor. O que ela tinha feito? Ela o beijou? Com os dedos tremendo levemente, Pérola Farias segurou a frente da camisa do homem instintivamente, para evitar que ele caísse. Ao mesmo tempo, ela baixou a cabeça para verificar discretamente a expressão do homem. Felizmente, ele estava tão bêbado que não pareceu notar sua ousadia. Pérola Farias soltou um suspiro de alívio e perguntou em voz baixa: "Você está bem?"

Quanto ele bebeu para ficar assim? Realmente, não é fácil ser patrão nos dias de hoje. Ricardo Gomes não respondeu, mas seus olhos escuros brilharam quando Pérola o beijou acidentalmente. Ele passou o braço ao redor da cintura dela e murmurou com voz rouca de bêbado: "Querida, você ainda não foi dormir?"

Que... Querida? Pérola Farias mordeu o lábio, chocada com a palavra, mas pensou que, considerando que iriam se casar no dia seguinte, não era errado chamá-la assim. Talvez por causa da bebida, Ricardo Gomes falava devagar: "Você não dormiu porque estava me esperando?"

Pérola não disse nada, apenas o ajudou a sentar no sofá. Talvez por estar bêbado, o homem que de dia era tão reservado e formal se tornou menos intimidador e até um pouco adorável. Adorável? Ela mal teve tempo de refletir sobre isso: "Você quer água?" Pérola Farias perguntou, agachada à sua frente, olhando para ele: "Posso pegar um copo para você?" O homem estava com os olhos fechados, não respondeu, parecia que ia adormecer. Pérola esperou um momento, sem receber resposta, virou-se para ir embora, mas de repente uma mão se esticou atrás dela, agarrou seu pescoço e a puxou de volta. Sem se defender, Pérola caiu de joelhos no colo do homem. Antes que ela pudesse reagir, o homem encostou a testa na dela. Olhos nos olhos, o coração de Pérola acelerou, batendo fortemente. Ricardo Gomes, embriagado, emanava uma aura dominadora. O hálito alcoólico envolvia o rosto dela. À medida que o tempo passava, Pérola estava prestes a suspirar de alívio quando, de repente, os lábios quentes do homem encontraram os dela. Pérola sentiu como se estivesse sonhando. Como ela poderia estar sendo beijada assim? Suas pernas envolviam as dele, uma mão dele apoiava sua cintura, pressionando-a firmemente contra ele. Pérola estava tão chocada que esqueceu de empurrá-lo. Quando ela finalmente reagiu, seus lábios já estavam entreabertos, e a camisa dele estava toda amassada em suas mãos.