Jogos de Amor: a escolha melhor romance Capítulo 538

Durante a semana, professores especializados davam aulas para cada seção dos músicos, mas hoje era um fim de semana.

Sem a organização dos professores, todos praticavam livremente.

Os violoncelistas ao redor estavam ensaiando juntos, aparentemente havia uma apresentação marcada para a próxima semana.

Pérola Farias estava ouvindo tranquilamente ao lado, cada músico tinha um som distinto.

Foi então que Pérola Farias percebeu que, para estar nesse grupo, todos realmente tinham um talento notável. Ela pensou que ainda tinha muito a aprender.

Ela estava certa de que tinha vindo ao lugar certo.

Decidiu dar uma volta pelo entorno do grupo musical para se familiarizar com a localização.

Ao notar que ela saía da sala de ensaio, um traço de desdém passou pelo rosto de Márcia Otero.

Parecia ser uma novata; ela havia tocado uma música qualquer e isso já bastou para assustar Pérola Farias.

Márcia Otero não se preocupou com Pérola Farias, afinal, ela era a primeira violoncelista, e ninguém ameaçaria sua posição.

Pérola Farias foi ao supermercado da escola, comprou alguns itens de necessidade e voltou ao dormitório para organizá-los.

Quando terminou, já era noite sem que percebesse.

Com um pouco de fome, ela se preparou para ir ao refeitório comer algo.

Como não conhecia bem o campus, deu uma volta, mas não encontrou o refeitório e estava prestes a perguntar a alguém.

De repente, ouviu o som de algo pesado caindo.

Por estar em um lugar tão isolado, Pérola Farias levou um grande susto.

Durante o dia, havia muitas pessoas no campus, mas à noite estava muito silencioso e o vento frio tornava o ambiente um pouco assustador.

Seu coração disparou descontroladamente, e ela instintivamente apertou os punhos, olhando em volta.

Ao baixar o olhar, viu uma arma entre as flores aos seus pés!

O que estava acontecendo?

Ela tinha passado por ali há pouco e não havia arma alguma...

De repente, vários pensamentos passaram por sua mente.

Pérola Farias não queria se envolver em problemas e, quase por instinto, virou-se para sair.

Quando deu o primeiro passo, percebeu que suas pernas estavam trêmulas.

Respirando fundo e tentando se acalmar, Pérola Farias estava prestes a ir embora quando ouviu um barulho às suas costas.

Na densa moita, uma risada baixa e arrogante de um homem soou estranhamente.

Pérola Farias imediatamente ficou em silêncio, "Então não pergunto mais."

"Ha... Mas de repente me deu vontade de te contar."

Jorge Ferreira pegou um cigarro do bolso, acendeu e começou a fumar.

Pérola Farias: "..."

Que tipo de homem irracional era aquele?

Jorge Ferreira deu uns tapinhas na parede atrás dele, "Sabe o que tem atrás desta parede? É minha casa."

"E daí?"

"Eu caí da parede."

Pérola Farias: "..."

"Venha me ajudar a levantar."

Jorge Ferreira não estava sendo muito cortês e acenou para Pérola Farias.

Considerando que ele era um aleijado com as duas pernas feridas, conseguir cair do muro não era tarefa fácil. Pérola Farias, de bom coração, foi até ele e o puxou para ajudá-lo.