Jogos de Amor: a escolha melhor romance Capítulo 540

A voz de Jorge Ferreira era fria e carregava um tom ameaçador.

Seus olhos brilhantes fixavam-se no rosto de Pérola Farias. “Você não disse que poderia curar minha perna? Muitos médicos não conseguiram, mas você afirmou com tanta certeza que conseguiria. Tratar esse pequeno ferimento no meu ombro também não deveria ser um problema, certo?”

O ferimento em seu ombro parecia assustador, com o sangue escorrendo.

Com a luz acesa no quarto, Pérola Farias notou que Jorge Ferreira estava pálido devido à perda de sangue.

Ele estava deitado na cama, e o lençol azul embaixo dele estava manchado de vermelho, uma cena que era difícil de ignorar.

Durante o caminho, o sangue escorria pelo braço dele até a ponta dos dedos.

Algumas partes já estavam secas, mas o sangue fresco continuava a fluir incessantemente.

“Você foi baleado, simplesmente estancar o sangue não vai resolver. Você precisa ir ao hospital para suturar.”

Pérola Farias sugeriu, pegando o celular. “Vou chamar uma ambulância para você.”

Jorge Ferreira recusou: “Não precisa!”

Para ele, era apenas um ferimento menor.

Ele já havia passado por ferimentos mais graves e sempre sobreviveu.

Jorge Ferreira apontou para a garrafa de água mineral na mesa atrás de Pérola Farias.

Ela pensou que ele estivesse com sede e pegou uma garrafa para ele.

Para sua surpresa, Jorge Ferreira abriu a garrafa e despejou a água sobre o ferimento, lavando-o de maneira casual.

“Traga-me uma roupa limpa para trocar.”

Pérola Farias ficou atônita.

Será que, para Jorge Ferreira, isso era o suficiente?

Ela franziu a testa, mostrando certa frustração.

A bala ainda estava dentro dele, e se continuasse assim, não seria surpresa se ele desenvolvesse febre ou infecção à noite.

“Tem uma caixa de primeiros socorros?” ela perguntou.

Jorge Ferreira levantou a pálpebra, com um meio sorriso. “Não ia embora? Mudou de ideia?”

Pérola Farias não estava disposta a perder tempo discutindo.

Ele apontou para algo atrás dela, e Pérola Farias trouxe a caixa de primeiros socorros.

Pérola Farias não tinha muita experiência com esse tipo de situação.

A única vez que tinha feito algo semelhante foi aos doze anos, quando ajudou um vizinho a retirar um prego do pé.

Embora a teoria fosse semelhante, a prática era diferente.

Uma bala não era como um prego; não sairia facilmente, e se algo desse errado, as consequências poderiam ser complicadas.

O mais preocupante era que não havia anestesia na caixa de primeiros socorros.

Isso significava que Jorge Ferreira teria que suportar toda a dor sem alívio.

Seria um verdadeiro teste de resistência e força de vontade.

Jorge Ferreira tinha os olhos ligeiramente fechados, e não fosse pelas sobrancelhas ocasionalmente franzidas, Pérola Farias poderia até suspeitar que ele estivesse dormindo.

Depois de um tempo, ele disse: "Pode fazer o que quiser, afinal, com a vida que levo, não vou morrer por isso."

"......"

Pérola Farias ponderou por um momento e continuou a persuadir: "Na caixa de remédios não tem anestesia, você tem certeza de que consegue aguentar?"