Jogos de Amor: a escolha melhor romance Capítulo 571

Pérola Farias ainda estava um pouco preocupada com Olga Barbosa.

César Peixoto imediatamente disse: "Pode ficar tranquila, Pérola Farias, eu vou cuidar de tudo aqui. A enfermeira especializada já está a caminho."

Pérola Farias assentiu e, ao sair, deixou apenas Olga Barbosa e César Peixoto no quarto do hospital.

"Está com fome?" César Peixoto perguntou, atento, enquanto ajeitava o cobertor de Olga Barbosa.

Olga Barbosa balançou a cabeça suavemente. Ao ver a aparência cansada de César Peixoto, murmurou: "Vá lavar o rosto."

César Peixoto obedeceu prontamente.

Dez minutos depois, ele voltou com o cabelo ainda molhado, as gotas de água escorrendo pelo rosto e caindo sobre a camisa branca recém-trocada.

Vendo que Olga Barbosa havia fechado os olhos, ele caminhou silenciosamente até a cama, quase sem fazer barulho até ao respirar.

César Peixoto se aproximou, lembrando-se da cena na beira da estrada, onde Olga Barbosa estava coberta de sangue.

Naquele momento, ele sentiu um medo paralisante, como se sua alma tivesse deixado seu corpo.

Pela primeira vez na vida, César Peixoto experimentou um medo avassalador, uma sensação de impotência.

Felizmente, Olga Barbosa estava bem, e mãe e filha estavam seguras.

O olhar de César Peixoto pousou sobre a mão de Olga Barbosa e parou ali.

A pele clara de Olga Barbosa estava marcada pela agulha do soro, seu pulso exposto estava ligeiramente arroxeado pelo frio.

Sem hesitar, César Peixoto sentou-se na cadeira ao lado dela, segurando sua mão.

Sua palma quente cobriu a mão fria dela, tentando aquecer aquele frio líquido que corria.

Ele permaneceu imóvel, sem emitir nenhum som, apenas observando-a em silêncio.

Não se sabe quanto tempo se passou, mas ao perceber que o homem ao seu lado estava adormecido encostado na cama, Olga Barbosa finalmente abriu os olhos.

Na sala de cirurgia, Olga Barbosa passou por uma cesariana após tentativas de parto normal.

Quando a dor se tornou insuportável e ela foi colocada na mesa de cirurgia, ao ouvir que seria necessário uma cesariana de emergência, Olga Barbosa sentiu-se apavorada.

O frio implacável invadiu seu corpo, deixando-a confusa e tremendo incontrolavelmente, como uma corda tensa à beira de se romper.

Mas agora, ao ver César Peixoto dormindo exausto ao lado de sua cama, Olga Barbosa pensou se deveria dar uma chance a ele.

E também a si mesma, uma chance para um novo começo.

César Peixoto, adormecido ao lado da cama, parecia sentir algo.

Ele abriu os olhos e sua primeira reação foi verificar se a agulha na mão de Olga Barbosa já tinha terminado de pingar.

"Eu te pressionei sem querer?"

César Peixoto soltou a mão de Olga Barbosa. "Não quis dizer nada com isso, só achei que você estava com frio, então..."

"César Peixoto." Olga Barbosa chamou seu nome.

César Peixoto ficou surpreso, não esperava que Olga Barbosa o chamasse de forma tão séria de repente.

"O que foi?"

"Você se importaria se, nos nossos encontros, eu trouxesse minha filha junto?"