Jogos de Amor: a escolha melhor romance Capítulo 573

Ricardo Gomes encontrou-se em uma situação de autocrítica e dúvida.

Um sentimento de desespero e culpa o consumia por dentro.

Ele não conseguia aceitar que havia matado Mauro Santos com suas próprias mãos. Mas se não foi ele quem matou Mauro Santos, por que Mauro Santos desapareceu?

Aqueles indivíduos não cumpriram a promessa. Após a morte de Mauro Santos, eles não libertaram Ricardo Gomes como haviam dito, mas continuaram a mantê-lo preso naquele quarto escuro.

Afinal, eles eram uma gangue de pessoas volúveis, desconsiderando vidas humanas; como esperar que cumprissem suas promessas?

Não se sabe quanto tempo passou, mas quando Ricardo Gomes já estava quase desmaiando de fome, ele ouviu um tumulto de pânico do lado de fora.

A polícia havia encontrado o local, e os criminosos estavam tentando escapar até serem cercados. Só então eles se lembraram dele.

Ricardo Gomes virou refém, com uma arma pressionada contra sua nuca, sendo arrastado para o último andar, sua vida por um fio.

"Solte-me, ou eu atiro nele."

O criminoso, com uma expressão feroz, negociava com a polícia, usando a vida de Ricardo Gomes como sua única esperança de fuga.

No entanto, um franco-atirador da polícia, posicionado discretamente, não demorou muito para acertar o criminoso na têmpora.

Um disparo soou, e o criminoso caiu no chão.

Foi um tiro fatal.

Naquele momento, Ricardo Gomes sentiu claramente a cena sangrenta por trás dele, com sangue e massa encefálica espalhados.

O sangue escorreu pelo chão, e o criminoso que o mantinha sob controle estava morto.

Ricardo Gomes ficou pálido de medo, caiu de joelhos, e por muito tempo depois disso, não conseguia ver qualquer tipo de líquido.

Mesmo água, ao vê-la, ele tinha uma reação de reflexo e vomitava.

Após ser resgatado, Ricardo Gomes não foi imediatamente enviado de volta para casa, mas levado à delegacia para prestar depoimento.

Afinal, ele havia estado com aqueles traficantes por muito tempo, e a polícia precisava esclarecer algumas coisas com ele.

"A verdadeira arma do crime estava nas mãos dos bandidos."

"Ou seja, eles mentiram para você, quem matou Mauro Santos não foi você."

Só naquele momento Ricardo Gomes conseguiu aliviar o peso que carregava em seu coração.

Mas a culpa não diminuiu muito, pois, de qualquer forma, Mauro Santos estava com ele quando tudo aconteceu.

"Tem certeza de que Mauro Santos está morto? E onde está o corpo dele?"

Ricardo Gomes ainda nutria uma esperança remanescente.

A resposta protocolar da polícia foi: "Em relação ao caso, não posso revelar muitos detalhes, só posso dizer que o corpo ainda não foi encontrado."

Percebendo a sua decepção, o policial deu um tapinha no ombro de Ricardo Gomes. "Não pense muito nisso, garoto. Para você, essa questão já passou. O que resta agora é nosso trabalho. Vamos lá, vou te levar para casa."

No carro, Ricardo Gomes ouviu os dois policiais conversando sobre os tempos da academia de polícia.