Jogos de Amor: a escolha melhor romance Capítulo 579

Vanessa Santos vestia-se de maneira atraente e havia se arrumado especialmente para aquela noite. O lugar estava repleto de homens ansiosos por companhia feminina, e não demorou para que alguém se aproximasse para puxar conversa.

Ela sabia que tinha ido ao local acompanhada de Jorge Ferreira e, por isso, não ousava se aventurar demais.

Sentada no balcão do bar, já tinha tomado duas taças de vinho, mas Jorge Ferreira não dava sinal de aparecer. A espera se prolongava e a inquietação começava a tomar conta dela.

Mesmo que Jorge Ferreira estivesse no carro, ocupado em uma ligação, já havia se passado meia hora, e ele deveria ter voltado.

"Jorge Ferreira, onde você está?"

Vanessa Santos dirigiu-se a um canto mais calmo e ligou para ele.

"Fui embora."

"Foi, foi embora? Você me chamou aqui e, sem dizer nada, simplesmente foi embora?" Vanessa Santos estava incrédula, sentindo-se enganada.

"Jorge Ferreira, você está brincando comigo?"

Achava que, no mínimo, ele daria alguma explicação ou inventaria uma desculpa para sua partida repentina.

Mas ele apenas riu, "Sim, como você adivinhou que eu estava brincando com você?"

Essas palavras fizeram o rosto de Vanessa Santos esfriar.

Mas, conhecendo as artimanhas daquele homem, ela não ousava discutir com ele, com medo de irritar Jorge Ferreira e ser tratada como na última vez.

Após desligar o telefone, Vanessa Santos, furiosa, pediu mais duas bebidas ao barman.

Ela levantou o copo e bebeu de uma vez.

Um homem ao lado a observava com intenções duvidosas.

Percebendo que Vanessa Santos estava sozinha, o homem se aproximou quase colando nela.

"Ei, linda, por que sozinha? Deixe-me te oferecer uma bebida."

Vanessa Santos lançou um olhar para o relógio no pulso do homem, era apenas um modelo de marca barata, o que a fez sentir desprezo.

Vanessa Santos riu friamente, "Cai fora, você não está à altura para me oferecer nada!"

Alguém ao lado incitava, "Servir ao nosso Chefe Paulo é uma honra para você."

Chefe Paulo?

Vanessa Santos se lembrou de que aquele bar pertencia a um pequeno criminoso de Brasília.

O tal criminoso era conhecido como Chefe Paulo.

Não era de se admirar que, mesmo sendo maltratada, ninguém ali a ajudasse, e os funcionários agissem como se nada tivessem visto.

Ela percebeu que tinha caído em uma armadilha.

Um medo profundo tomou conta de Vanessa Santos, enquanto ela amaldiçoava Jorge Ferreira por ter a trazido para um lugar tão perigoso, só para abandoná-la.

O pequeno criminoso parecia determinado a arrastá-la para um dos quartos no andar de cima.

Vanessa Santos sentiu um frio na espinha.

No salão ainda havia pessoas, mas ao chegar na sala privada, com a porta fechada, quem saberia o que aquele delinquente poderia fazer com ela?