Jogos de Amor: a escolha melhor romance Capítulo 601

Uma multidão desceu do ônibus, liderada por Márcia Otero, que caminhava na frente.

"Márcia, o que aconteceu de bom? Por que está tão feliz?"

"Menos um concorrente forte, claro que estou feliz."

Lenna perguntou curiosa: "Que concorrente?"

Márcia Otero lançou-lhe um olhar altivo. "Nada de importante."

Vanessa Santos, que fazia parte da orquestra, reconheceu algumas das pessoas.

Ela apoiou o queixo na mão e murmurou: "Não são todos do departamento de violoncelos?"

Ao ouvir a palavra "violoncelo", Ricardo Gomes olhou para o grupo, mas não viu Pérola Farias entre eles.

Ricardo Gomes franziu a testa: "Para onde eles foram de ônibus?"

"Para o auditório. Amanhã haverá uma seleção interna, e hoje os participantes vão ao auditório para se familiarizar com o local. Os outros departamentos já terminaram, e o de violoncelos é o último."

Ricardo Gomes pensou por alguns segundos e disse: "Será que alguém foi esquecido no auditório?"

Vanessa Santos balançou a cabeça: "Impossível. Mesmo que fosse esquecido, poderia pegar um táxi de volta."

"E se alguém ficou trancado lá dentro e não consegue sair?"

"Isso é ainda mais improvável," Vanessa Santos argumentou. "Há seguranças no auditório, eles só trancam as portas após verificarem que não há mais ninguém."

Ricardo Gomes franziu a testa: "Vanessa, preciso de um favor seu."

Vanessa Santos endireitou-se, passou a mão pelos cabelos para ajeitá-los atrás da orelha, tentando parecer o mais amável possível.

"Ricardo, diga, farei o que puder para ajudar."

Ricardo Gomes nem olhou para ela. "Procure por Pérola nos lugares que ela costuma estar na orquestra, incluindo o dormitório."

Vanessa Santos: "..."

Os seguranças olharam para fora, onde um homem vestindo um sobretudo preto se destacava. Apesar da roupa escura, sua presença era marcante, e seus lábios ligeiramente curvados em um sorriso frio, enquanto seus olhos profundos brilhavam como a estrela mais brilhante da noite.

Sem muitas palavras, ele agarrou a gola de um dos seguranças.

"Me dê a chave do auditório."

Embora a presença do homem fosse intimidante, os seguranças tentaram manter a postura profissional.

"Não podemos simplesmente entregar uma chave tão importante."

O homem lançou-lhe um olhar gelado. "Minha paciência é curta. Vou te dar outra chance. Engula suas palavras e reconsidere."

Quando o segurança estava prestes a falar, Jorge Ferreira deu um soco em seu rosto.

"Esqueça, não esperava outra coisa."

Ele arrancou a chave do cinto do segurança e seguiu direto para o auditório, sem olhar para trás.