Jogos de Amor: a escolha melhor romance Capítulo 650

Desligando o telefone apressadamente, do outro lado da linha.

Pérola Farias franziu as sobrancelhas e tentou ligar novamente para César Peixoto, mas desta vez não conseguiu completar a chamada.

...

Olga Barbosa achava que talvez tivesse enlouquecido.

Ela segurava o volante, enquanto na sua mente ecoavam as palavras que Pérola Farias transmitira de César Peixoto.

César Peixoto queria terminar com ela.

Que piada. Ela gastou dinheiro financiando seus estudos, deu-lhe mesada, até ajudou a saldar as dívidas da família dele.

E, no fim, era ela quem levava o fora.

Foi César Peixoto quem a cortejou, quem um dia se declarou para ela. Com que direito ele dizia que acabava, e pronto?

Então, em uma hora, Olga Barbosa tomou uma decisão.

O carro saiu da cidade de Brasília, e o entorno se tornava cada vez mais remoto. Nana, no banco traseiro, dormia profundamente enquanto Olga Barbosa pressionava o acelerador.

Logo o carro entrou na rodovia, e ela seguiu o GPS para o oeste. Depois de meio dia de viagem, parou em uma pequena cidade.

Um carro de luxo, valendo milhões, destoava completamente desse lugar, como um majestoso cisne branco que, por descuido, pisara em um terreno lamacento.

César Peixoto já havia mencionado uma vez a Olga Barbosa sobre sua cidade natal, mas ela não sabia exatamente onde ficava, então teve que confiar em suas lembranças para chegar lá.

Era a primeira viagem longa de Nana com Olga Barbosa, e a menina choramingava sem parar no caminho.

Assim que entrou na rodovia, Olga Barbosa começou a se arrepender.

Não deveria ter trazido a filha, talvez nem deveria ter feito essa viagem.

Mas ela seguiu impulsionada por um sentimento, determinada a ouvir César Peixoto dizer aquilo cara a cara.

Ao sair da rodovia, James Pereira ligou. "Para onde você levou nossa filha? O quê? Aquele bonitão te largou e você não se conforma, foi atrás dele? Olga Barbosa, você enlouqueceu?"

César Peixoto ficou visivelmente surpreso: "O que você disse?"

"Venha me buscar, ou eu vou de porta em porta procurando por você. Escolha."

Cerca de quarenta minutos depois, César Peixoto apareceu na pousada onde Olga Barbosa estava.

Tinha chovido na noite anterior, e seus sapatos estavam sujos de lama amarela, assim como as barras das calças, trazendo consigo a mesma aura desbotada da cidadezinha.

Provavelmente veio correndo, e o jovem ofegava.

Ao ver Olga Barbosa, César Peixoto conteve o impulso de correr e abraçá-la.

"Eu já disse que quero terminar, por que você veio atrás de mim?"

Olga Barbosa imediatamente percebeu os olhos avermelhados de César Peixoto, além de uma marca vermelha no rosto, como se tivesse sido atingido por algo.

Olga Barbosa levantou-se e perguntou: "Quem fez isso?"