Jogos de Amor: a escolha melhor romance Capítulo 769

Mauro Santos varreu o olhar frio sobre o rosto de Ji Ruoyao e murmurou um leve "uhum" antes de, sem expressão alguma, guardar o troco no bolso e sair da loja de conveniência.

Mal havia se afastado, o telefone tocou.

Ele retirou um cigarro do maço, colocou entre os lábios e, com a outra mão, enfiou no bolso para pegar o celular.

Era um número desconhecido.

Ele ignorou a chamada.

Do outro lado da linha, Leopardo, irritado, não pôde evitar de praguejar: "Droga! Como ele ousa não atender o meu telefonema! Será que ele não se importa com a vida da irmã dele?"

Dizendo isso, Leopardo desferiu um chute na mulher à sua frente.

Vanessa Santos gritou de dor.

Ela havia acabado de sofrer um aborto espontâneo e seu corpo estava extremamente debilitado. O chute acertou diretamente em seu abdômen, fazendo com que quase perdesse a consciência de tanta dor.

Lágrimas começaram a escorrer descontroladamente de seus olhos enquanto ela olhava para Leopardo, suplicante: "Por favor, deixem-me ir."

Nunca havia passado por algo assim, e Vanessa Santos estava morrendo de medo. Por mais que pensasse, não conseguia entender por que aquele grupo de pessoas a havia sequestrado.

Ela estava de volta ao país há pouco mais de seis meses, e a única pessoa que poderia ter ofendido era Pérola Farias... mas Pérola não seria capaz de algo assim, certo?

"Deixar você ir?" Leopardo riu friamente. "Olhe para o meu rosto. Você acha que eu pareço alguém tão gentil?"

Vanessa rapidamente disse: "Então, o que vocês querem? Dinheiro? Meu irmão Ricardo tem muito dinheiro. Deixem-me ligar para ele. Quanto vocês quiserem, ele vai dar."

"Nos tratar como mendigos? Esse dinheiro sujo não me interessa!"

Leopardo parou de perder tempo com Vanessa e instruiu o gordo e alguns dos seus comparsas a vigiarem bem.

As mãos e pés de Vanessa estavam amarrados há um dia inteiro. Tão apertados que ela já estava começando a sentir que a circulação estava sendo cortada.

O grupo era numeroso e a trouxeram de olhos vendados. Não havia a menor chance de fuga.

Mas se não era dinheiro o que queriam, o que então poderia ser...

O medo do desconhecido deixou Vanessa sem saber o que fazer, aterrorizada.

O gordo se aproximou e deu palmadinhas no rosto dela.

Faltava-lhe um dente da frente, e ele sorria de forma lasciva. "Com fome, não está? Quer comer algo?"

Vanessa não havia comido nem bebido nada o dia todo e, sem hesitar, assentiu. "Quero!"

"O que está dizendo?" Ela não conseguia entender, achando que as palavras do gordo eram absurdas. "Meu irmão morreu há mais de uma década..."

Morreu?

Vanessa franziu a testa.

No início, quando o corpo do meu irmão não foi encontrado, a polícia não conseguia descobrir seu paradeiro. Todos especulavam que Mauro Santos havia sido assassinado por aquele grupo de criminosos e enterrado em algum lugar remoto, razão pela qual não conseguíamos encontrá-lo.

O gordo pressionou a língua contra a bochecha, exibindo um sorriso malicioso. "Mauro Santos não só está vivo, como também é um inimigo mortal do nosso chefe! Vive nos desafiando! Você nem imagina o quanto ele é detestável. Nosso chefe gostaria de arrancar sua carne e beber seu sangue."

Ele deu um tapa suave no rosto de Vanessa Santos, "Tsc, tsc, por que os olhos estão vermelhos? Está tão surpresa? Mauro Santos tem aparecido constantemente ao seu redor, e você não sabia?"

Vanessa Santos sentiu uma onda de choque imensa inundar seu coração.

Seu irmão estava vivo?

Estava frequentemente por perto? Por que ela nunca o viu?

O que esse homem dizia parecia tão convincente, não parecia mentira. Mas se... seu irmão estava vivo, por que ele não apareceu durante todos esses anos para se reencontrar com ela?

E quanto a esse grupo de pessoas, que claramente não pareciam amigáveis, o que Mauro fez para provocá-los a ponto de eles a sequestrarem e a tratarem dessa maneira?