Jogos de Amor: a escolha melhor romance Capítulo 960

Naquele momento, o olhar de Susan parecia carregar um traço de loucura, enquanto um pensamento perverso emergia repentinamente em seu coração.

— E se, entre essa mulher e seu filho, apenas um pudesse sobreviver? Quem você escolheria? — perguntou Susan, olhando diretamente para Ricardo Gomes.

Ao ouvir isso, o rosto de Pérola Farias ficou instantaneamente pálido.

Até mesmo Vanessa Santos, que não parava de chorar, ficou paralisada de susto.

Apenas um poderia sobreviver?

Logo após pronunciar essas palavras, Susan fez um gesto para chamar seu capanga e, sem que ninguém percebesse, sussurrou-lhe algo ao ouvido.

O capanga sorriu enigmaticamente e, em seguida, aproximou-se de Vanessa Santos, agarrando-a pelo cabelo e puxando-a até a beira do convés, ameaçando jogá-la ao mar.

Ao mesmo tempo, o bebê que estava nos braços de Susan foi colocado cuidadosamente em um cesto de bambu.

— Escolham. Entre os dois, qual você quer que viva? Se fizerem uma escolha, eu pouparei um deles — disse Susan, com um sorriso de quem se diverte com a tragédia dos outros. O cesto do bebê também foi levado para o outro lado do convés.

Os olhos de Pérola Farias se arregalaram e, com os olhos vermelhos de chorar, ela protestou:

— Por que usar meu filho como aposta? Ele é inocente!

Susan sorriu de canto de boca.

— Por quê? Você realmente não sabe?

O cabelo curto de Susan balançava ao vento. Ela parecia tão livre, mas uma lágrima brilhava no canto do olho.

— Eu também quero saber: por que esse homem ao seu lado matou o amor da minha vida?

— No fim das contas, nem tudo tem um motivo. Quero que você sinta a mesma dor que eu senti. Quero ver todos vocês sofrerem, esse é o motivo.

— Bastava pagar o resgate que a criança seria devolvida. Mas vocês... por que mataram Ryan? Quem vai me devolver o Ryan?

A mente de Pérola Farias ficou completamente vazia.

Era claro que, naquela situação, suplicar ou oferecer dinheiro já não adiantaria nada.

Ela não conseguia aceitar a ideia de morrer afogada. Ouviu dizer que os corpos dos afogados incham de forma assustadora, tornando-se irreconhecíveis.

Ela não queria morrer jovem e de forma tão horrível.

— Ricardo, por tudo, eu realmente não quero morrer — suplicou Vanessa.

Ela já estava ajoelhada no chão e, agora, com o sequestrador segurando sua nuca, metade do seu corpo pendia para fora do navio.

As ondas impiedosas batiam contra o casco, e até a água salgada espirrava em seu rosto.

Diante do abismo entre a vida e a morte, Vanessa Santos estava verdadeiramente apavorada.

O instinto de sobrevivência a fazia suplicar sem parar.

Além disso, depois de uma noite inteira de tortura e dos dois chutes que levou há pouco, ela sentia o estômago revirado.

Neste momento, sangue escorria pelo canto de sua boca, incontrolavelmente. Talvez, seu antigo ferimento tivesse se agravado, deixando sequelas para sempre.