Jogos de Amor: a escolha melhor romance Capítulo 965

— Não vamos nos vingar? Assim ficaria fácil demais para eles, não é?

— Não podemos deixar Pérola Farias e o bebê morrerem em vão...

Ricardo Gomes não podia morrer.

Se ele pulasse, ela seria reduzida a nada, à mercê de quem quisesse lhe fazer mal.

Suzana não a pouparia.

Os olhos de Ricardo Gomes estavam tão vermelhos que pareciam sangrar.

Talvez por Vanessa Santos ter mencionado o bebê, ele finalmente mostrara alguma reação.

Ricardo Gomes pisou forte no chão e, com um chute, lançou para cima a arma que Pérola Farias havia deixado cair.

Num instante, Ricardo Gomes já havia engatilhado a arma e apontado para Suzana, apertando o gatilho.

Do outro lado, Suzana ainda sorria, confiante.

Não esperava que a bala atravessasse sua testa de repente.

Os olhos de Suzana se arregalaram, cheios de incredulidade. Com um baque seco, caiu dura no chão.

Sua cabeça bateu no piso, e uma poça de sangue se espalhou ao redor.

Ela permaneceu com o olhar vazio, fitando o céu, sem descansar em paz.

Ao ver Suzana morta, os capangas que a acompanhavam, junto com Laine, entraram em pânico, fugindo em todas as direções.

Nesse momento, Vanessa Santos teve a impressão de ouvir o choro de um bebê.

Seria imaginação?

O bebê... não havia sido jogado ao mar?

Antes que pudesse entender, das escadas que levavam ao porão do convés, surgiu um homem estrangeiro, alto, quase um metro e noventa, carregando um bebê nos braços.

Apesar do porte imponente, ele segurava a criança com uma delicadeza surpreendente.

Espera... o bebê?

O bebê estava vivo?

Esse homem o havia salvado?

O que estava acontecendo?

Vanessa Santos ficou cheia de dúvidas, sem tempo para processá-las, quando William apareceu com Fang Chuyang nos braços diante deles.

Enquanto isso, Alan, sozinho, dominou rapidamente cerca de dez assaltantes em fuga, amarrando todos com cordas.

Ricardo Gomes se sentiu dilacerado.

Quis pular para salvá-la, mas Alan o segurou firme:

— Você fica com o bebê. Eu e William vamos procurá-la.

Eles cresceram à beira-mar, conheciam bem as águas.

Se Ricardo Gomes pulasse, talvez nunca mais voltasse.

Alan entregou o bebê a Ricardo Gomes e, junto com William, lançou-se ao mar.

O bebê em seus braços chorava sem parar, e Ricardo Gomes sentia as pálpebras tremerem de nervoso.

— Ricardo, será que ele está chorando de fome? — Vanessa Santos olhou para o bebê magro nos braços dele, sentindo uma pontada de compaixão.

Ela sabia muito bem: em meio à imensidão do oceano, o destino de Pérola Farias, que saltara ao mar, era quase certo.

Aquele bebê tão pequeno, sem a mãe, não seria como ela própria fora um dia?

Vanessa Santos olhou para Fang Chuyang, baixando os olhos suavemente:

— Tudo isso é culpa minha...