Jogos de Amor: a escolha melhor romance Capítulo 976

Cemitério.

Vanessa Santos desceu do carro.

Vestida inteiramente de preto, ela olhou à distância na direção do cemitério e fez uma reverência.

Ela sabia muito bem que Pérola Farias não gostava dela em vida; por isso, depois da morte de Pérola, Vanessa não se aproximou para não provocar mais antipatia.

Afinal de contas, a morte de Pérola Farias, que caiu no mar, estava de certa forma relacionada a ela.

Nesses últimos dias, Vanessa Santos sentia um desconforto persistente em seu coração.

Porém, ao relembrar o momento do sequestro... ela só queria se proteger, jamais teve a intenção de prejudicar Pérola Farias.

No fim das contas, foi Pérola quem não conseguiu lidar com a pressão psicológica e decidiu pular no mar.

Ela estava ali para prestar homenagem, movida pela culpa.

Vanessa Santos terminou a reverência, colocou o buquê de flores que trouxera aos seus pés e se virou para sair.

No entanto, de repente, uma silhueta familiar surgiu no canto de sua visão.

Vanessa Santos ficou paralisada por um instante, acreditando estar vendo coisas.

Ela se escondeu discretamente atrás de uma grande árvore.

Jiyao Ji havia terminado sua homenagem e deixava o funeral. Como uma fina garoa caía do céu, de repente, um guarda-chuva foi aberto sobre sua cabeça.

Jiyao Ji se surpreendeu ao encontrar o olhar do homem; parecia não esperar que ele aparecesse, e um traço de surpresa cruzou seu olhar.

Do outro lado, Vanessa Santos esfregou os olhos, tentando enxergar melhor o rosto do homem.

Mas ele estava de costas para ela, e além do céu nublado, o guarda-chuva dificultava ainda mais a visão.

Mesmo assim, uma intuição forte dizia a Vanessa Santos que aquele homem era seu irmão... Mauro Santos!

Os dedos de Vanessa Santos se retraíram instintivamente.

Mauro Santos?

Jiyao Ji?

O que eles estavam fazendo juntos?

Pelo que parecia, Jiyao Ji também acabara de prestar sua homenagem.

Mas seu irmão viera especialmente buscá-la no funeral. Então, qual seria a relação entre eles?

Os dois mantiveram uma distância respeitosa, mas logo entraram juntos no mesmo carro e partiram.

Vanessa Santos, com as mãos trêmulas, entrou rapidamente em seu carro e tentou segui-los.

A pessoa que ela mais deveria odiar era justamente seu próprio irmão.

……

“Não!”

Pérola Farias abriu os olhos de repente, com a testa coberta de suor frio.

Ela havia tido um sonho terrível.

No sonho, tudo era água salgada, invadindo sua boca e nariz, deixando-a à deriva na superfície, sem nenhum apoio.

Como uma folha à deriva, ela flutuava, até afundar lentamente, sendo enredada pelas algas.

A sensação sufocante era intensa; ela lutava desesperadamente para se soltar, mas em vão.

No fim, só pôde assistir, impotente, enquanto o mar a engolia. Sua boca se enchia de sangue, ela sufocava e morria.

O terror fez Pérola Farias arregalar os olhos de súbito.

“Você acordou?”

Diante dela havia um clarão branco, e um rosto desconhecido surgiu em seu campo de visão.