Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 1138

Cecília não falou nada, mas por dentro sentia uma amargura. Elda não se sentia injustiçada?

Ela estava grávida, vivendo sozinha no estrangeiro, trabalhando no restaurante chinês para pagar a dívida de Inês, carregando pratos e lavando-os, às vezes até trabalhando em três empregos por dia. Uma vez voltou tão tarde que desmaiou na porta de casa e só foi encontrada horas depois pela senhoria, que já tinha acordado cedo.

A senhoria não conseguia mais assistir aquilo, comovida com o esforço dela, fingiu que não podia cozinhar e a contratou para fazer comida em sua casa, dispensando-a do aluguer e da comida.

Fora aquela vez que precisou de usar o cartão que Cecília lhe deu, quando não encontrava trabalho, Elda nunca mais tocou no dinheiro que estava lá.

Até que, durante o ano em que Cecília e Juan viveram em Chicago, a vida de Elda começou a melhorar.

Seu trabalho de design recebeu um prêmio, e com uma boa quantia, ela devolveu o que tinha usado do cartão de Cecília e pagou os duzentos mil da dívida com Inês.

Esses eram os sofrimentos financeiros, mas quanto Elda não sofreu para criar YoYo sozinha durante estes dois anos?

Quando YoYo ainda lactentes bebia leite, Elda mal conseguia dormir três a quatro horas por noite e ainda precisava frequentar aulas e trabalhar durante o dia.

Quando YoYo teve febre de madrugada, Elda a levou sozinha ao hospital. Sem transporte há uma da manhã, ela percorreu dez quilômetros a pé, chorando e correndo, sentindo uma mistura de desamparo e ansiedade indescritível.

Nesses dois anos e meio no exterior, graças à ajuda da senhoria e às frequentes visitas de Mara Lagos, como é que ela teria sobrevivido sozinha?

Embora Carlos não soubesse da existência de YoYo, a filha ainda era dele também.

Elda tinha se sacrificado tanto para criar YoYo, ela realmente ainda devia algo a Carlos?

À noite, Cecília e Elda conversaram até tarde, até YoYo não poder mais resistir ao sono e adormecer tranquilamente nos braços de Elda.

Elda olhou para o rosto sereno de YoYo e sorriu com doçura: "Enquanto Carlos não souber da existência de YoYo, não tenho nada a temer."

Cecília sorriu levemente: "Não se preocupe, mesmo se um dia ele descobrir, não será tão fácil levar YoYo embora. Ela ainda é minha filha, e ele terá de ter o meu consentimento!"

Elda se virou para Cecília, não conseguindo conter um sorriso.

"Eu me importo!" A voz de Carlos estava fria, "Você fará o que eu disser, e atualmente você não tem o direito de negociar comigo!"

Elda empalideceu, mordendo o lábio inferior com força.

Com Elda em silêncio, Carlos podia quase imaginar a sua expressão naquele momento e, de repente irritado, disse friamente: "Vou desligar."

E então, ele desligou.

Elda ouviu o tom de desligamento no telefone, uma onda de emoção subindo no seu peito, quase fazendo com que ela ligasse de volta para dizer que não iria.

Mas, no fundo, ela não tinha essa coragem.

Tudo bem, ela já tinha passado por todo o tipo de dificuldade nos últimos dois anos, que diferença faria agora?

Se ela tinha que pagar uma dívida, deveria fazê-lo com sinceridade. Ela faria o que ele dissesse, contanto que ele a deixasse em paz o mais rápido possível!