Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 1188

Mesmo que as luzes fossem tênues, mesmo com tantas pessoas se movendo ao seu redor, ele podia reconhecê-la de imediato, desde que ela estivesse lá!

Observando a moça vestida a rigor, sorrindo enquanto se aninhava nos braços de Juan, Rodrigo sentiu um frio cortante no peito, e os seus olhos transmitiam uma frieza assustadora.

Ela tinha dito que voltaria para desenhar esboços, mas num piscar de olhos, tinha trocado de roupa e se aconchegado nos braços de outro homem.

Quando estava com ele, ela nunca se arrumava de propósito, vestia-se casualmente como sempre, mas para sair com Juan, ela se arrumava cuidadosamente, até mesmo se maquiava. No coração dela, por acaso Juan era mais importante?

Ele sabia que havia barreiras entre eles e pensava que ela simplesmente não conseguia se desvencilhar de certas preocupações, mas a verdade era outra.

A raiva subia pelo peito de Rodrigo, os seus lábios finos se apertavam, e os seus olhos brilhavam com um frio glacial.

Por um momento, ele não conseguia distinguir se o que sentia era mais raiva ou dor, e, diante dos degraus abaixo, simplesmente não conseguia dar mais um passo.

Ele apenas a observava, observava ela e Juan conversando e rindo alegremente, com expressões vivas e descontraídas, enquanto ele, de um ponto elevado, parecia ter surgido de um abismo gelado.

No fim da música, Juan levou Cecília para fora e perguntou: "Está com fome? Vamos comer algo primeiro."

Cecília tinha bebido bastante e, após dançar por um tempo, sentia o álcool subir à cabeça e um desconforto no estômago.

"Vamos!" Juan disse, pegando a mão dela e caminhando para fora.

Havia um pequeno jardim separando o banquete da recepção. Cecília saiu do salão e, respirando o ar fresco do exterior, sentiu a sua cabeça pesada a se aliviar um pouco. Ela parou e disse sorrindo: "Vamos nos sentar aqui um pouco."

"Não está se sentindo bem?" Juan perguntou, franzindo a testa.

"Não, só quero sentar aqui um pouco", respondeu Cecília.

"Hum." Juan sorriu nos lábios e a conduziu para se sentarem juntos num banco sob uma árvore.

Em frente a eles estava uma fonte, e o vento noturno trazia o vapor d'água para eles, refrescando o ambiente. Cecília respirou fundo, tentando suprimir a náusea causada pelo álcool.

Cecília, inalando o suave aroma de alecrim que vinha do homem ao seu lado, olhava para o distante, onde os reflexos das estrelas caiam em seus olhos, desaparecendo na escuridão. Com uma voz rouca, ela começou a falar:

"Juan, me desculpe!"

Desculpe-se, por fazê-lo viajar para a Austrália;

Desculpe-se, por no fim, não conseguir amá-lo!

Ela podia pagar suas dívidas com os outros, mas a dívida com ele talvez nunca fosse paga nesta vida!

Porque o que ele queria, ela jamais poderia dar.

A mão de Juan, que massageava sua cabeça, hesitou, e ele riu com um tom rouco, falando lentamente: "Não peça desculpas, isso me faria sentir muito desconfortável!"