Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 1262

Elda sentiu o coração falhar uma batida e, depois de um longo momento, perguntou em voz baixa: "Você ainda não está sóbrio?"

Carlos riu baixinho, com a testa encostada na têmpora dela, um gesto que seria terno se não fosse pela frieza na sua voz: "Eu penso em você frequentemente, sempre que uma mulher se aproxima de mim, penso em você!"

Na escuridão, Elda arregalou os olhos, sentindo seu coração bater forte, mas confusa pelo tom dele.

Como ela suspeitava, o homem falou novamente, com uma voz carregada de raiva contida: "Cheguei ao ponto de não querer mais tocar em mulheres, tudo por sua culpa, por você ter me entregue a Inês! Sabe o quanto isso me repugna? A repugnância de não querer mais tocar em nenhuma mulher!"

Elda prendeu a respiração.

Carlos continuou com voz gelada: "Elda, será que o problema está no meu corpo ou será que é uma barreira psicológica?"

Elda mostrava uma reação de surpresa. O primeiro pensamento que lhe ocorreu foi se Carlos, bêbado, ao contar um segredo tão grande, poderia matá-la para silenciá-la uma vez sóbrio.

Ela tremia e respondeu atrasada: "Talvez seja bom fazer um exame físico ou consultar um psicólogo."

Assim que ela terminou de falar, sentiu a respiração dele se tornar mais pesada, e ela imediatamente se calou.

Como esperado, Carlos ficou furioso. Ele se ergueu levemente, segurou o queixo dela com a mão e, na escuridão da noite, a encarou friamente: "Você não pensa em como me compensar, mas sugere que eu vá ao médico. Você quer que eu vire piada em toda Cidade Costeira?"

Elda estava em pânico, mas não conseguia se mover, apenas murmurou fracamente: "Não é isso, eu não pensei nisso."

Carlos brincou: "Então como você vai me compensar?"

Elda olhou para cima, encarando seus olhos sombrios e desconhecidos, sentindo medo: "Como você quer que eu compense?"

Carlos fixou o olhar nela e disse devagar, com uma voz que misturava frieza e sedução: "Faz dois anos que não toco em uma mulher, o que você acha?"

Elda de repente percebeu o perigo e começou a se debater instintivamente.

A luta dela apenas ativou mais a raiva de Carlos, que se inclinou e mordeu seu lábio, seguido por um beijo intenso.

Elda ficou paralisada, esquecendo-se de lutar, respirar ou qualquer coisa ao redor.

Eles não se amavam, nem poderiam, mas ainda assim não conseguiam se libertar um do outro.

Carlos parou de repente, tocando seus olhos com os dedos, sentindo lágrimas. Ele se tornou instantaneamente sóbrio, e toda a paixão desapareceu, deixando seus olhos frios novamente. Com a voz rouca, ele disse: "É tão repulsivo assim para você?"

Elda ficou chocada ao perceber que tinha chorado.

Ela olhou para ele com os olhos brilhando de lágrimas e lábios inchados.

A dor no coração de Carlos o fez levantar-se e olhar para baixo, com um olhar frio e sombrio. Ele então se virou e saiu com passos largos.

Elda mordeu o lábio inferior, arrumou as roupas, encolheu-se, e começou a chorar, com lágrimas descendo pelo rosto e caindo no tapete.

Logo ela ouviu a porta se fechar.

Carlos tinha ido embora.