Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 216

Rodrigo e Cecília mal tinham se despedido da família Nortiz e a notícia sobre Jade já tinha chegado aos ouvidos de Félix Malon.

Félix, que estava de cama se recuperando de um ferimento, sentou-se abruptamente, incrédulo. "Como é possível?"

No dia anterior, apesar da lesão na cabeça, ele havia ido pessoalmente com Melisa Riscas visitar a família Nortiz e nem sequer conseguiu ver a cara do velho Sr. Nortiz.

Ele havia mencionado o renomado nome do seu avô, mas o mordomo apenas serviu um chá, gentilmente explicando que o Sr. Nortiz estava indisposto e não queria contagiar os convidados.

Félix pediu para que o mordomo transmitisse uma mensagem: se o Sr. Nortiz concordasse em vender Jade, ele poderia nomear seu preço. Mesmo assim, eles não conseguiram fechar o negócio.

Ele estava contando com a ajuda de amigos na Cidade das Nuvens para estabelecer um contato, mas a notícia que alcançou seus ouvidos foi que Rodrigo havia comprado Jade.

A questão era: como Rodrigo sabia que Jade estava com a família Nortiz?

Melisa havia descoberto através de um amigo no departamento de antiguidades. De onde eles tinham tirado essa informação?

O assistente de confiança de Félix especulou, "Será que a Srta. Riscas contou para a Srta. Ortega? Elas parecem ter uma boa relação."

Félix pensou por um momento e balançou a cabeça. "Melisa não é uma tola. Ela está comigo há anos e conhece as regras."

Agora que ele estava um passo atrás, a possibilidade de conseguir Jade havia desaparecido. Ele precisava pensar rapidamente em um novo plano!

O assistente, preocupado, disse, "Se Rodrigo sabe sobre Jade, ele certamente também sabe que o Sr. Malon foi atrás dela sem contar para ele. Será que ele terá alguma reação contra o Sr. Malon?"

"Com tudo que está acontecendo agora, você acha que eu me preocupo com isso?" respondeu Félix com um sorriso sarcástico. Seus olhos brilharam enquanto ele sussurrava, "Preparem um banquete e convidem Cruz. Diga que quero convidá-lo para jantar."

"Mas Sr. Malon, ao convidar Cruz sem passar por Hilde, não corre o risco de causar um mal-entendido?" perguntou o assistente.

"Não," respondeu Félix com convicção. "De qualquer forma, é Cruz quem lida com as negociações. Não há nada de errado em nos falarmos diretamente."

O assistente se tranquilizou e não disse mais nada, apenas fez como Félix havia instruído.

Na hora do almoço, Cruz permaneceu na mansão de Félix para a refeição, com Melisa acompanhando.

Como Félix não podia beber, Melisa ficou encarregada de acompanhar o convidado.

Os três conversavam e riam, evitando falar de negócios e focando nas tradições e costumes de suas respectivas cidades.

Melisa percebeu Felix fazendo sinal e pegou a garrafa para servir mais vinho para Cruz. "Se o Sr. Cruz tiver tempo, deveria visitar nossa Capital. É um lugar completamente diferente da Cidade das Nuvens, tenho certeza de que vai gostar."

Cruz, com os olhos azuis já meio embriagados, agarrou o pulso de Melisa, olhando-a com fascinação. "Melisa é da Capital?"

Ele não falava português tão bem quanto Hilde, com pronúncia imprecisa, mas era compreensível.

Com um sorriso constante, ela respondeu, "Não, sou de Cidade Xalpina. É um lugar maravilhoso também."

"Então, eu gostaria de visitar Cidade Xalpina. Que tipo de lugar incrível seria capaz de produzir uma beleza como você?" Cruz mantinha sua mão firme e começou a acariciar seu braço para cima.

Com habilidade, Melisa se esquivou ao servir o vinho, "Quando o Sr. Cruz tiver tempo, serei sua guia pessoal."

Cruz lançou um olhar sobre o colo dela, sorrindo sutilmente e com uma intenção clara.

Logo, após mais meio garrafa de vinho, Cruz já estava falando de maneira enrolada, seus olhos fixos em Melisa.

Félix disse para Melisa, "Sobe e arruma o quarto de hóspedes para que o Sr. Cruz possa ficar e descansar um pouco antes de voltar para casa."

Melisa hesitou por um momento, lançando um olhar meio confuso, meio compreensivo para Félix.