Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 2560

Os dois caminhavam lentamente até chegarem ao fim do beco. Os últimos raios do pôr do sol foram engolidos pela escuridão e o crepúsculo caiu.

Afonso parou, seu rosto bonito ganhando uma expressão mais profunda sob a penumbra, "Nancy, sempre pensei que a vida dos meus avós e dos meus pais fosse um fracasso. Não importa o quão grande eles fizessem o negócio da família ou quão gloriosa fosse nossa linhagem, eu nunca os admirei."

"Desde que me mudei da casa da minha avó, eu desejei ter uma família cheia de amor e calor."

"Você também deseja o mesmo, não é?"

"Acho que é essa sintonia que me faz persistir, sem querer desistir de você. Vamos construir um lar caloroso, ter um novo começo, uma nova vida!"

"Seu passado não importa. O que importa é que você esteja disposto a se assumir e permanecer cheio de esperança e confiança na vida, acreditar na sua capacidade de amar novamente e acreditar em mim, que farei seu futuro repleto de felicidade."

"Assim como naquela noite em que cantamos juntos, se integrar a um novo estilo de vida não é difícil."

Nancy olhou nos olhos sinceros de Afonso, sentindo-se um tanto abalada.

Sim, a primeira metade de sua vida sempre fora controlada por outros, ela continuaria presa nesse ciclo na segunda metade?

Quando Sebastião a encorajou a partir, dizendo-lhe para recomeçar, encontrar alguém para amar, casar-se, e viver uma vida normal, ela não o ouviu.

Agora, parece que ela finalmente entendeu o que ele queria dizer.

Ele queria que ela deixasse para trás tudo dos seus primeiros vinte anos.

Ele sempre disse que ela era teimosa, e ela se ressentia, mas pensando bem, ela realmente estava sempre lutando.

A primeira vez que lutou contra o destino foi em Cidade D, naquele leilão, quando agarrou a ponta da camisa dele; a segunda foi aos dezessete anos, quando foi para a cama dele; a terceira, ao não aceitar seu adeus, continuando a seguir ele com determinação.

Talvez, houvesse até uma quarta luta.

Nancy desviou o olhar, esperando a dor passar, permitindo-se acalmar, "Ele não me trouxe dor, o que ele me deu foi vida e fé. Minha dor vem da minha própria teimosia."

Ela deu dois passos à frente, parou e se virou, olhando sinceramente, "Vou considerar seriamente o que você disse."

Os olhos de Afonso brilharam, mas ele não a seguiu de perto, dando-lhe espaço para relaxar. Sua voz também se suavizou, "Ter sua palavra já me basta, não importa, eu esperarei por você, seja um dia, dois dias, ou até um ano, dois anos. Eu vou esperar."

Nancy assentiu, "Já está tarde, vamos voltar."

"Certo!" Afonso respondeu com um sorriso caloroso.

Na viagem de volta, Afonso, que havia dirigido para levá-la, perguntou, "O que você quer jantar?"

Nancy sorriu levemente, "Comi muito no almoço, ainda não estou com fome, só estou um pouco cansada e quero voltar e descansar".