Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 2610

Este assunto deixado de lado, ele continuou a arrumar o gramofone e perguntou, "Durante as festividades de Ano Novo, você disse que viu uma amiga na cidade histórica, mas então essa amiga teve um imprevisto e teve que partir, falava da tia Lurdes?"

Ao mencionar o período de Ano Novo, Nancy sentiu um aperto no coração e acenou levemente com a cabeça, "Sim!"

Por causa do imprevisto da tia Lurdes, os três perderam a oportunidade de se encontrar. Se naquela época ela não tivesse partido, eles já teriam descoberto que se conheciam.

Talvez tenha sido melhor assim, evitando qualquer embaraço neste encontro.

Nancy voltou ao assunto principal, "Precisa de ajuda com algo?"

"O que você poderia ajudar?" Sebastião perguntou.

"Qualquer coisa!" disse Nancy, e logo acrescentou, "Mas não crie muitas expectativas, tente pedir algo que eu saiba fazer."

O homem deu um riso baixo, "Não preciso de ajuda, só não me atrapalhe que está ótimo."

Nancy respirou fundo, "Quando é que eu te atrapalhei?"

O homem lançou-lhe um olhar leve, "Quer que eu liste uma por uma?"

Nancy arqueou uma sobrancelha, sentindo-se um pouco culpada, e desviou o olhar, "Não precisa."

Sebastião esboçou um leve sorriso e continuou com o que estava fazendo.

Nancy, obediente, não o atrapalhou mais e levantou-se para dar uma volta pelo quarto, depois encontrou um livro na estante.

Sem mesas ou cadeiras no local, ela se sentou no chão, encostada na parede, e começou a ler atentamente.

Após folhear algumas páginas, ela levantou os olhos por um instante e os fixou no homem que estava consertando o gramofone.

Sebastião a observou por um momento e então se levantou para sair.

Nancy, subitamente despertando, estendeu a mão instintivamente e agarrou a calça dele, olhando para cima assustada.

Sebastião franziu ligeiramente a testa ao olhá-la, seus olhos normalmente severos agora mostravam uma ternura reprimida. A mulher diante dele parecia ter voltado a ser a pequena menina de dezessete anos atrás, que, em uma gaiola escura e úmida, agarrava-se desesperadamente à barra da sua roupa.

Ele suavizou o tom de voz inconscientemente, "Vi que você adormeceu, fui pegar uma manta para você."

Nancy foi gradualmente se acalmando, soltou-o imediatamente e baixou a cabeça, dizendo suavemente, "Obrigada!"

Sebastião voltou com a manta, e Nancy voltou a folhear o livro que estava lendo antes, agora com uma cortesia fria, "Não precisa mais, não quero dormir."

Já estava quase anoitecendo, e do lado de fora, o barulho das pessoas era evidente, com crianças que haviam terminado as aulas brincando no gramado.